domingo, 16 de agosto de 2009

Ataque biológico pode matar 1 milhão


29 de abril, 2002 - Publicado às 17h31 GMT
Ataque biológico pode matar 1 milhão, alertam cientistas.
Ataques com antraz causaram pânico nos EUA

Um ataque biológico pode matar dez vezes mais pessoas do que um nuclear, alertou um influente centro de estudos dos Estados Unidos.

Em um relatório intitulado "Protegendo o território americano", a Instituição Brookins advertiu o presidente George W. Bush de que, apesar de improváveis, ataques com vírus e bactérias que causam doenças como varíola, antraz e ébola constituem a maior arma de destruição em massa.

Segundo a instituição, ataques desse gênero em uma grande cidade americana podem deixar até um milhão de mortos, contra as 100 mil pessoas que poderiam morrer em um ataque nuclear.

Médicos especialistas em infecções por vírus ou bactérias ajudaram a fazer o relatório.

Prejuízos

A instituição também chamou a atenção para a possibilidade de um contêiner de carga de um navio ser usado para transportar dispositivos nucleares.

Nesse caso, além de causar um grande número de vítimas, um ataque biológico poderia causar prejuízos de até US$ 3 bilhões.

Em seu relatório, a instituição também pede que o governo americano invista mais em defesa aérea e em segurança alimentar para proteger o país de eventuais ataques.

"Há uma infinidade de vulnerabilidades potenciais", afirmou Michael O'Hannon, da Instituição Brookings.

"Nós realmente deveríamos estar nos concentrando em ataques potencialmente catastróficos, seja em quantidade de vítimas ou em volume de prejuízos à nossa economia."

Logo após os atentados de 11 de setembro, o governo americano criou o Departamento de Segurança Doméstica cujo objetivo era tomar medidas para proteger o território americano de novos atentados.

No mês seguinte, a sociedade americana ficou em pânico com o envio de cartas contendo traços da bactéria que causa o antraz.

Depois de especulações sobre um ataque organizado por grupos fora do país, as investigações concluíram que a bactéria havia sido manipulada por um cientista americano.

Trata-se do mais abrangente relatório sobre segurança doméstica desde 11 de setembro.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/020429_bioataquecg.shtml

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