domingo, 18 de abril de 2010

forças estrangeiras fora do Oriente Médio


18/04/2010 - 08h03
Ahmadinejad exige forças estrangeiras fora do Oriente Médio
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, exigiu hoje a saída das tropas estrangeiras do Oriente Médio e de toda a Ásia, ao afirmar que sua presença é a causa principal da instabilidade e da falta de segurança na região.

As declarações, em seu tom mais belicoso, chegam menos de 24h depois de acusar os Estados Unidos de serem o causador da proliferação de armas nucleares no mundo e sugerir uma nova ordem no Conselho de Segurança da ONU.

"A desunião e a ruptura entre os países do Oriente Médio é fruto da presença das forças estrangeiras aliadas na região e da existência de suas bases", argumentou Ahmadinejad em discurso pelo Dia Nacional das Forças Armadas do Irã.

"Não existe necessidade ou pretexto para que se prolongue sua presença na região. Devem abandonar a região de uma vez. Não é um pedido, é uma exigência sincera de todos os povos da zona", acrescentou.

No discurso, transmitido ao vivo pela televisão estatal, Ahmadinejad também atacou Israel, para ele o maior instigador do terrorismo e da violência na região.

"A política do regime sionista é dividir. Está por trás de todos os atos de sedição no Oriente Médio", assinalou o líder, que assegurou que "todos os países da região" desejam que Israel desapareça.

"Se realmente estão interessados em contribuir à segurança na região, devem desmantelar suas bases e interromper seu apoio a Israel", acrescentou.

O Irã, submetido a um embargo militar desde os anos 1980, desenvolve desde 1992 um ambicioso programa bélico nacional que lhe permitiu modernizar seu arsenal e, como crê o Ocidente, dotá-lo de mísseis de médio alcance, fragatas, submarinos, carros de combate e sistemas de defesa aérea.

Grande parte da comunidade internacional, com os EUA à frente, acusa ao regime iraniano de ocultar, sob seu programa civil, outro de natureza clandestina e ambições bélicas cujo objetivo seria adquirir um arsenal atômico, o que é negado por Teerã.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2010/04/18/ahmadinejad-exige-forcas-estrangeiras-fora-do-omedio.jhtm
Ahmadinejad: acabou época do armamento nuclear e começa era do pensamento
Posted on novembro 25th, 2009
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que a era dos armamentos nucleares acabou. Segundo ele, se tais armamentos fossem úteis, estariam sendo usados pelos americanos, israelense e russos.

“Começou a era da humanidade, do pensamento: o poder dos povos é o pensamento, e não os armamentos nucleares”, disse Ahmadinejad, em entrevista à TV Brasil e à Agência Brasil na suíte presidencial de um hotel de Brasília, antes de deixar o país.

Ele informou que o Irã vai continuar suas pesquisas sobre enriquecimento de urânio e que pretende comprar o combustível pronto de outros países para uso na indústria de remédios, em um gesto de boa vontade. Disse também que espera do Brasil uma cooperação, na área nuclear, naquilo que seja semelhante, sem que isso signifique alterações de visão sobre os objetivos de cada país.

“Certamente a democracia no Brasil e no Irã é mais avançada quando comparada com o resto [do mundo", afirmou Ahmadinejad. Para ele, o Brasil é uma espécie de modelo de democracia. "Nos lugares em que o dinheiro define a participação [no governo], onde está o lugar do povo?”, indagou, referindo-se ao processo eleitoral nos Estados Unidos. Ele defendeu, porém, a restrição existente no sistema iraniano, em que apenas algumas religiões, ditas “divinas”, podem participar da política.

Veja a seguir a integra da entrevista, que seria exibida ontem, às 21h, no programa Repórter Brasil, da TV Brasil:

Empresa Brasil de Comunicação (EBC): Presidente Mahmoud Ahmadinejad, no seu longo encontro reservado com o presidente Lula, o que foi tratado?

Mahmoud Ahmadinejad: Em nome de Deus, o clemente, o misericordioso, eu apresento as minhas saudações ao povo brasileiro: um povo culto, um povo simpático, um povo muito amável. É muito natural que, quando dois grandes países conversam, essa conversa seja longa. Nós fizemos uma revisão sobre nossas relações bilaterais e os campos livres em que podemos buscar novos entendimentos. Fizemos uma avaliação sobre a conjuntura mundial e também nos perguntamos sobre os esforços que podemos fazer para a paz mundial. Concordamos que tanto a minha visita como a do presidente Lula ao Irã, em 2010, poderá fortalecer as nossas relações bilaterais.

EBC: O que ficou decidido sobre a atuação dos dois países nos conflitos do Oriente Médio?

Ahmadinejad: As causas dos conflitos do Oriente Médio constituem uma das questões mais complexas do mundo. Temos que identificar as raízes e assim tratá-las. Vamos continuar nossas conversas com o presidente Lula nesse sentido. E espero que, baseados na Justiça, possamos chegar a uma solução, porque o presidente Lula deseja Justiça e nós, também. Pode ser que nossas informações sejam diferentes e até nossas atitudes e nossos comportamentos. Se intercambiamos nossas opiniões e ideias, pode ser que isso coincida e criaremos uma opinião. Estou muito “esperançado” e espero que Deus ajude nisso.

EBC: Com o conjunto dos acordos assinados hoje o que vai representar em termos de balança comercial entre Brasil e Irã?

Ahmadinejad: O Produto Interno Bruto (PIB) iraniano é da ordem de US$ 800 bilhões (paridade de poder de compra), isso num momento em que os preços no país estão muito baixos em termos internacionais. É muito natural que as relações entre os dois países sejam feitas em torno do desenvolvimento econômico – nós temos potencialidades e também necessidades. E Brasil, o mesmo. Podemos trabalhar em um sistema de complementaridade na atividade produtiva e comercial para que os dois países se desenvolvam economicamente com mais aceleração.

EBC: O presidente Lula conseguiu mudar a sua visão sobre a questão nuclear?

Ahmadinejad: Será que ele queria fazer isso?

ABr: Havia uma expectativa de que o Brasil e o Irã poderiam estabelecer um caminho comum na questão nuclear?

Ahmadinejad: O caminho comum não significa alteração das visões. Nós estamos caminhando por um caminho e isso quer dizer que também estamos fazendo cooperações naquilo que é semelhante entre os dois países.

EBC: O Irã assinou o tratado de não proliferação, e existe inclusive uma lei rigorosa religiosa que proíbe armas nucleares. Por que o resto do mundo tem dificuldade de acreditar no Irã?

Ahmadinejad: Não é o mundo, são alguns países que tem hostilidade conosco, eles querem monopolizar a energia nuclear. Até são contra o desenvolvimento do Brasil e também são contra o desenvolvimento do Irã. Inspecionaram atividades [nucleares] iranianas e foi divulgado pela Agência Internacional de Energia Nuclear que não houve desvio no programa nuclear iraniano.

EBC: De onde vêm os fundamentos das críticas?

Ahmadinejad: Aqueles que estão contra o Irã não são pessoas que estão contra os armamentos nucleares; porque eles têm. Se alguém está contra um ato ilegal, inaceitável, em primeiro lugar, não tem que fazer isso. Como eles estão praticando isso e querem que outros não pratiquem? Nós pensamos que a era dos armamentos nucleares já chegou ao fim. Se esses armamentos nucleares fossem úteis, teriam ajudado a União Soviética e também o governo norte-americano a vencer no Afeganistão e no Iraque. O regime ocupacionista de Israel também poderia ganhar algo em Gaza. Sabemos que isso não ajuda. Tanto pelos regulamentos como pelos pensamentos sobre o uso desses armamentos. Pela religião, é proibido, e no pensamento lógico isso também não funciona. Nós achamos que aqueles que estão à procura de armamentos nucleares são pessoas politicamente atrasadas. A era dos armamentos já acabou. Começou a era da humanidade, do pensamento: o poder dos povos é o pensamento e não os armamentos nucleares.

EBC: O Irã vai continuar sua experiência com enriquecimento de urânio ou vai comprar no exterior o urânio enriquecido de que precisa?

Ahmadinejad: Continuamos o enriquecimentos de urânio para combustível em nossas usinas. O que nós queremos comprar é combustível para um reator que ajuda na produção de medicamentos. Nós propomos isso para que se desenvolva a cooperação em nível internacional. E deixamos uma oportunidade para que aqueles que estavam contra o Irã possam estabelecer uma cooperação com o programa nuclear iraniano.

EBC: Há uma minoria judia no Irã que relata ser muito bem tratada, acolhida, respeitada pelos iranianos, mas há outras minorias que enfrentam certas dificuldades, como, por exemplo, 18 líderes Baha’is presos recentemente e outras pequenas minorias que reclamam por direitos humanos. O Irã, que sofreu com o autoritarismo de outros países, pode se permitir condições autoritárias para parte de sua população?

Ahmadinejad: Pela Constituição iraniana, todas as religiões divinas são livres para praticar suas tradições, como judeus, cristãos, muçulmanos. Essas religiões podem praticar seus costumes e cultos e ter representação no governo e no Parlamento. A nossa Constituição não considera Baha’is como religião. Não é uma religião, é um grupo político e, por isso, não é reconhecido pela Constituição. No Irã, na convivência pessoal, eles (Baha’is) estão livres, mas não podem estar presentes na governança do país ou ter um centro para seus cultos. Isso é lei.

EBC: Essa resposta provocou uma dúvida: O que é democracia para o senhor?

Ahmadinejad: Hoje democracia tem mais de 50 aspectos diferentes. Um conceito e uma definição, por exemplo, é o governo do povo para o povo. E os meios para atingir isso são diferentes, mas só sabemos que o grau de democracia no Irã é muito alto. Cerca de 70% das pessoas participaram das eleições, isso mostra alta participação e alta liberdade, podemos dizer. É que no Irã não existe obrigatoriedade de voto nas eleições. Isso acontece em plena liberdade. Os candidatos também estão livres para expressar suas ideias, uma liberdade plena, em todas as instituições do Irã.

EBC: E qual é o melhor exemplo?

Ahmadinejad: Nós achamos que a democracia que terá sucesso é a que for baseada em aspectos bons. A democracia que está sustentada no domínio do poder e da riqueza, essa não é democracia. Basta olhar para Estados Unidos – são dois partidos que participam. Será que toda a população americana se divide entre esses dois partidos? E eles estão obrigados a votar nesses dois grupos, não têm outra opção. Porque tanto a mídia quanto a riqueza estão nas mãos desses grupos, se aparece um independente, certamente não vai ganhar, porque o sistema eleitoral lá é muito custoso. Quem pode ganhar é o que gasta muito, milhares… E o resto da população? Qual é a sua posição? E na Europa também é o mesmo. Só dois partidos que normalmente ganham mais votos. Certamente a democracia aqui no Brasil e no Irã é mais avançada quando comparada com o resto do mundo.

EBC: O senhor acha que democracia do Brasil pode servir de modelo?

Ahmadinejad: Acho. Acho que existe liberdade no Brasil, existem muitos partido,s e o poder não está dividido em grupos específicos. Nos Estados Unidos, o poder durante os últimos 100 anos está dividido entre dois partidos apenas. Como isso pode acontecer? Isso quer dizer que a democracia lá é muito limitada, mas, no Irã, até as pessoas independentes, sem filiação partidária, podem participar das eleições. O dinheiro não é definição para participação. Mas nos lugares em que o dinheiro define a participação, onde está o lugar do povo? Desejamos que chegue um dia em que possamos aplicar a vontade dos povos. Desejo mais uma vez prosperidade e desenvolvimento para a nação brasileira e para todas as nações.

Fonte: Agência Brasil
http://www.vermelho.org.br/blogs/outroladodanoticia/?p=12346

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Rússia diz que reator nuclear no Irã....




14/04/2010 - 21h29
Rússia diz que reator nuclear no Irã ficará pronto em agosto.
BUENOS AIRES (Reuters) - Um reator nuclear que está sendo construído pela Rússia na usina iraniana de Bushehr deve ser aberto em agosto, disse nesta quarta-feira o chefe da corporação nuclear estatal russa.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, criticou os planos da Rússia de iniciar a estação de energia nuclear, dizendo ser "prematuro" sem garantias maiores sobre o programa nuclear de Teerã.

"A inauguração está marcada para agosto. Estamos dentro do planejado", disse a repórteres Sergei Kiriyenko, chefe da Rosatom Corp, durante visita à Argentina.

"Bushehr não ameaça o regime de não proliferação em nenhuma maneira. Ninguém tem temor nenhum sobre Bushehr", afirmou, dizendo que quaisquer potenciais sanções conta a República Islâmica sobre seu programa nuclear "não têm nada a ver com Bushehr".

A Rússia concordou em construir um reator de 1.000 megawatts em Bushehr há 15 anos mas atrasos têm atingido o projeto de 1 bilhão de dólares. Esta será a primeira usina nuclear do Irã.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/04/14/russia-diz-que-reator-nuclear-no-ira-ficara-pronto-em-agosto.jhtm


EUA, França, Reino Unido, Rússia e China pressionam Irã na questão nuclear

País anunciou ter uma segunda usina de beneficiamento de urânio.
Comunidade internacional subiu o tom, e Obama ameaçou com sanções

China, Rússia, EUA, França e Reino Unido uniram suas vozes nesta sexta-feira (25) para pedir que o Irã coopere com as Nações Unidas e coloque às claras suas ambições nucleares. Isso ocorre após o país ter revelado a existência de uma segunda usina de beneficiamento de urânio.

O presidente dos EUA, Barack Obama, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o premiê britânico, Gordon Brown, pediram nesta sexta-feira que o regime de Teerã "abra o jogo" e revele quais são suas ambições nucleares. Eles também ameaçaram Teerã com novas sanções.



"O Irã está quebrando regras que todas as nações devem seguir", disse Obama na abertura da reunião de cúpula do G20, na cidade americana de Pittsburgh.



O presidente americano disse que a atividade nuclear iraniana é "um desafio direto" aoTratado de Não-Proliferação Nuclear e afirmou que é hora de Teerã agir "imediatamente" para voltar a ter a confiança da comunidade internacional.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, o presidente dos EUA, Barack Obama, e o premiê britânico, Gordon Brown, nesta sexta-feira (25), na abertura da cúpula do G20 na cidade americana de Pittsburgh. (Foto: AFP)



"É hora de o Irã agir imediatamente para restaurar a confiança da comunidade internacional, cumprindo suas obrigações internacionais", disse Obama, acrescentando que Teerã vem construindo a usina em segredo há anos.



Leia também: Irã não tinha obrigação de avisar Obama, diz Ahmadinejad



Leia também: Para Obama e Lula, isolar o Irã não adianta



Obama acusou o Irã de "desobedecer regras que todos os países precisam obedecer" e pediu que inspetores internacionais "investiguem imediatamente essa informação preocupante."



Sarkozy disse que o Irã está levando a comunidade internacional por um caminho "perigoso" e ameaçou com novas sanções se os líderes iranianos não mudarem de rumo até dezembro. Gordon Brown disse que a atitude desafiadora do Irã vai reforçar a determinação da comunidade internacional, que precisa agora mostrar a Teerã qual é o limite que não pode ser ultrapassado.

Ao mesmo tempo em que lançou uma acusação séria contra Teerã, Obama disse: "Continuamos dispostos a um engajamento sério e significativo com o Irã para tratar da questão nuclear por meio das negociações P5+1."

Desde que assumiu a Presidência dos EUA, em janeiro, Obama vem procurando um engajamento diplomático com o Irã, mas vem sendo recebido principalmente com reações de desafio.



Leia também: No fim da cúpula do G20, Obama volta a pressionar Irã





Hillary





A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse em comunicado que as notícias devem encerrar as "vacilações" dos países a respeito da questão nuclear iraniana.



China



Um porta-voz da chancelaria chinesa pediu que o Irã coopere com a Agência Internacional de Energia Atômica da ONU. O país também disse esperar que sejam feitos avanços no recomeço das negociações sobre o tema, em 1º de outubro.


Rússia

O presidente russo, Dimitri Medvedev, disse que o Irã precisa provar que as instalações nuclares têm objetivos pacíficos. Ele também pediu que a agência nuclear da ONU investigue os fatos imediatamente.

Mapa localiza as usinas de beneficiamento de urânio do Irã. (Foto: Arte G1)

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Nova usina



O governo do Irã revelou em carta dirigida à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a existência de uma segunda usina de enriquecimento de urânio, informaram nesta sexta-feira (25), em Viena, fontes diplomáticas.



Fontes da Casa Branca confirmaram a existência da planta, mas disseram que ela ainda não está operativa e que ainda vai demorar albuns meses para beneficiar o elemento.



O Irã já está submetido a sanções da ONU por recusar-se a suspender os trabalhos de enriquecimento e negar à AIEA o acesso necessário para verificar informações da inteligência ocidental indicando que o Irã estaria direcionando suas pesquisas nucleares ao desenvolvimento de bombas nucleares, e não à geração de eletricidade.





Inspeções



O chefe da equipe negociadora nuclear iraniano, Ali Akbar Salehi, confirmou insistiu em que o Irã não violou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

Em comunicado divulgado pela agência de notícias local "Mehr", o responsável iraniano ressaltou que a nova fábrica se ajusta "aos objetivos pacíficos" do programa nuclear e à normativa da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

"Em linha com a preservação e o aproveitamento dos direitos para o uso pacífico da energia nuclear, em um novo e bem-sucedido passo, a República Islâmica do Irã começou a construir uma fábrica em escala semi-industrial para o enriquecimento de urânio", afirmou Salehi.

"Atualmente, o Irã está construindo essa planta atendendo a todos os aspectos, incluindo a defesa passiva. Da mesma forma que outras instalações nucleares, as atividades desta fábrica se ajustam ao marco legal da AIEA", acrescentou.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1318310-5602,00.html

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Obama e Medvedev presiona o irâ


08/04/2010 - 11h01
Obama e Medvedev intensificam pressão sobre o Irã
Os presidentes dos Estados Unidos e Rússia, Barack Obama e Dmitri Medvedev, advertiram nesta quinta-feira formalmente o Irã para o risco de sanções internacionais sobre seu programa nuclear.
EUA e Rússia assinam tratado histórico para reduzir armas nucleares

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu colega russo, Dmitri Medvedev, assinaram nesta quinta-feira (8) o mais ambicioso tratado de redução de armas nucleares em duas décadas, em uma iniciativa para, ao mesmo tempo, reformar a política norte-americana de defesa, renovar as relações bilaterais entre os dois rivais da Guerra Fria e enviar uma mensagem de boas-intenções para o mundo.



Durante a assinatura em Praga do novo tratado START, que prevê uma redução considerável dos arsenais nucleares dos dois países, Obama afirmou que os Estados Unidos e a Rússia concordam que o Irã deverá se ater às consequências de sua política nuclear e que vão atuar para conseguir que a ONU imponha sanções fortes contra a República Islâmica.

O Irã se expõe a uma nova série de sanções internacionais de continuar sem esclarecer as dúvidas sobre seu programa nuclear, afirmou, por sua vez, Medvedev.

"Infelizmente, o Irã não deu resposta a uma série de propostas construtivas. Não podemos fechar os olhos para isso. Não posso excluir que o Conselho de Segurança tenha de cuidar desse assunto", acrescentou o presidente russo.

Os dois chefes de Estado assinaram o texto no Salão Espanhol do Castelo de Praga. O acordo é fruto de intensas negociações bilaterais, que aconteceram em Genebra durante vários meses.

Moscou e Washington se comprometem a reduzir o número de ogivas nucleares a 1.550 cada, uma queda de 74% na comparação com o limite do tratado START (Strategic Arms Reduction Talks) assinado em 1991, que expirou no fim de 2009.

Para entrar em vigor, o novo tratado deve ser ratificado pelos Parlamentos dos dois países.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2010/04/08/obama-e-medvedev-intensificam-pressao-sobre-o-ira.jhtm

Al-Qaeda insinua ameaça terrorista



08/04/2010 - 15h22
Al-Qaeda insinua ameaça terrorista ao jogo entre EUA e Inglaterra
A organização fanática religiosa Al-Qaeda colocou a segurança da Copa do Mundo em xeque. Em um artigo publicado na revista islâmica Mushtaqun Lel Jannah e reproduzido pela rede norte-americana CBS, o grupo insinuou que poderia organizar um atentado durante o evento, e citou o jogo entre Inglaterra e Estados Unidos, na primeira fase, como possível alvo
“Pense em como seria incrível se, durante uma partida entre Estados Unidos e Grã Bretanha, transmitida para todo o mundo e com muitos torcedores, uma explosão ecoa, o estádio vira de ponta-cabeça e o número de corpos é contado em dezenas e milhares”, disse o manifesto.

Os dois países são, historicamente, os grandes alvos do grupo, que ganhou notoriedade em 2001 ao coordenar os ataques de 11 de setembro ao World Trade Center. França, Alemanha e Itália também seriam alvos em potencial. "Todos esses países formam a cruzada sionista contra o Islã", diz a Al-Qaeda.

O grupo ainda vai mais longe ao questionar a eficácia dos mecanismos de segurança. “Todo o aparato e as máquinas de raio-x que a América vai mandar depois de ler este artigo não serão capazes de deter o modo como os nossos explosivos agirão. Então, vocês estão prontos para isso, sr. Blatter?”, provoca o manifesto, em clara referência a Joseph Blatter, presidente da Fifa.

Esta não é a primeira vez que o grupo comandado pelo saudita Osama Bin Laden é relacionado à Copa do Mundo da África do Sul. Em outubro do ano passado, o departamento de inteligência do país-sede do evento anunciou ter descoberto um plano terrorista que tinha a competição como alvo. Na ocasião, fanáticos religiosos da Somália e de Moçambique foram presos.

No seu texto, a Al-Qaeda ainda lembra episódios de terrorismo recentes, como a ação de dezembro de 2009 que vitimou sete agentes da CIA que trabalhavam no Afeganistão.

A ameaça complica ainda mais o já turbulento clima na África do Sul. Nos últimos dias, o país viu o fantasma do apartheid ressurgir após a morte de Eugene Terre'Blanche, líder de direita e defensor do regime segregacional. O fazendeiro teria sido morto por dois empregados negros, e os brancos que o apoiavam chegaram a sugerir a criação de um Estado próprio.

FOTO:
Osama Bin Laden é o grande líder da Al-Qaeda, que já ameaçou a realização da Copa do Mundo
Seleção inglesa, comandada por Capello, seria um dos alvos do possível atentado terrorista na Copa
http://copadomundo.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/04/08/al-qaeda-insinua-ameaca-terrorista-a-copa-do-mundo-de-2010.jhtm

terça-feira, 6 de abril de 2010

Rússia confirma identidade de suicida do metrô...

06/04/2010 - 06h14
Rússia confirma identidade da segunda suicida do metrô de Moscou
Moscou, 6 abr (EFE).- O Comitê Nacional Antiterrorista (CNA) da Rússia confirmou oficialmente nesta terça-feira a identidade da segunda das terroristas que na segunda-feira da semana passada realizaram os dois atentados suicidas com bombas no metrô de Moscou, causando a morte de 40 pessoas.

Segundo o comunicado do CNA, Mariam Sharipova, nascida em 1982, originária da aldeia de Balajani, no distrito de Untsukul, na república russa do Daguestão, norte do Cáucaso.

O texto afirma que a terrorista era esposa de Magomed Vagapov, chefe guerrilheiro no Daguestão, segundo as agências.

A publicação quinzenal "Novaya Gazeta" já tinha antecipado na segunda-feira a identidade da segunda terrorista suicida, cujos pais disseram ter reconhecido em fotografias divulgadas pela imprensa.

"Minha mulher e eu identificamos nossa filha. Quando minha esposa viu Mariam pela última vez, ela usava o mesmo lenço vermelho que é visto na fotografia", assinalou Rasul Magomedov, que vive no Daguestão e se dirigiu voluntariamente à polícia para dizer que tinha identificado a filha.

Na sexta-feira passada, o CNA anunciou oficialmente a identidade de uma das terroristas suicidas, Dzhanet Abdurajmanova, de 17 anos, que foi identificada através de análises de DNA.

Segundo publicou no mesmo dia o jornal "Kommersant", Abdurajmanova era viúva de Umalat Magomedov, líder dos guerrilheiros islâmicos do Daguestão, que foi abatido pela Polícia no dia 31 de dezembro do ano passado em Khasaviurt, junto a outros três combatentes que tinham aberto fogo contra agentes.

As duas suicidas se reportavam diretamente ao líder islamita da Chechênia, Doku Umarov, que na semana passada reivindicou os ataques terroristas na capital russa e prometeu estender a guerra por todo o país.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2010/04/06/russia-confirma-identidade-da-segunda-suicida-do-metro-de-moscou.jhtm

Rússia confirma identidade de suicida do metrô...

06/04/2010 - 06h14
Rússia confirma identidade da segunda suicida do metrô de Moscou
Moscou, 6 abr (EFE).- O Comitê Nacional Antiterrorista (CNA) da Rússia confirmou oficialmente nesta terça-feira a identidade da segunda das terroristas que na segunda-feira da semana passada realizaram os dois atentados suicidas com bombas no metrô de Moscou, causando a morte de 40 pessoas.

Segundo o comunicado do CNA, Mariam Sharipova, nascida em 1982, originária da aldeia de Balajani, no distrito de Untsukul, na república russa do Daguestão, norte do Cáucaso.

O texto afirma que a terrorista era esposa de Magomed Vagapov, chefe guerrilheiro no Daguestão, segundo as agências.

A publicação quinzenal "Novaya Gazeta" já tinha antecipado na segunda-feira a identidade da segunda terrorista suicida, cujos pais disseram ter reconhecido em fotografias divulgadas pela imprensa.

"Minha mulher e eu identificamos nossa filha. Quando minha esposa viu Mariam pela última vez, ela usava o mesmo lenço vermelho que é visto na fotografia", assinalou Rasul Magomedov, que vive no Daguestão e se dirigiu voluntariamente à polícia para dizer que tinha identificado a filha.

Na sexta-feira passada, o CNA anunciou oficialmente a identidade de uma das terroristas suicidas, Dzhanet Abdurajmanova, de 17 anos, que foi identificada através de análises de DNA.

Segundo publicou no mesmo dia o jornal "Kommersant", Abdurajmanova era viúva de Umalat Magomedov, líder dos guerrilheiros islâmicos do Daguestão, que foi abatido pela Polícia no dia 31 de dezembro do ano passado em Khasaviurt, junto a outros três combatentes que tinham aberto fogo contra agentes.

As duas suicidas se reportavam diretamente ao líder islamita da Chechênia, Doku Umarov, que na semana passada reivindicou os ataques terroristas na capital russa e prometeu estender a guerra por todo o país.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2010/04/06/russia-confirma-identidade-da-segunda-suicida-do-metro-de-moscou.jhtm

Ataque deixa pelo menos 73 policiais

06/04/2010 - 06h42
Ataque deixa pelo menos 73 policiais mortos na Índia
Nova Délhi, 6 abr (EFE).- Pelo menos 73 policiais indianos morreram nesta terça-feira em uma suposta emboscada da guerrilha maoísta registrada na região de Bastar (leste da Índia), informou uma fonte policial, destacando que se trata do pior ataque destas características nos últimos anos.

As forças de segurança recuperaram, até o momento, os corpos de 73 agentes e evacuaram oito feridos, disse à agência indiana "PTI" o porta-voz policial R.K. Vij, que atribuiu o ataque a um grupo composto por até mil guerrilheiros maoístas.

O ataque, que foi realizado na zona de floresta de Bastar, no estado centro-oriental de Chhattisgarh, parece ter sido meticulosamente planejado, segundo o diretor-geral da Polícia do estado, Vishwa Ranjan.

Ranjan indicou à agência indiana "Ians" que os guerrilheiros explodiram um veículo e provocaram várias explosões antes de abrir fogo contra uma centena de membros de uma unidade da Força da Reserva Central da Polícia (CRPF).

As autoridades indianas ordenaram o desdobramento de um amplo contingente de policiais regionais no local. Também foi enviado um helicóptero para transferência dos agentes feridos aos hospitais.

A patrulha policial voltava de tarefas de abertura de caminhos na floresta de Mukrana, uma região de forte presença insurgente, quando aconteceu o ataque, entre as 6h e 7h locais (entre 21h30 e 22h30 de quinta em Brasília).

Vij afirmou que a unidade atacada era composta por cerca de 80 homens, mas outra fonte citada pela "Ians" afirmou que a patrulha tinha 120 membros, e 700 maoístas participaram da ação.

A área de Bastar compreende cinco distritos em uns 40 mil quilômetros quadrados e é um dos eixos das atividades da guerrilha maoísta, que, para o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, é a ameaça interna mais grave do país.

A guerrilha permanece ativa, sobretudo no chamado "cinto vermelho", uma faixa de território no centro e no leste da Índia onde os rebeldes têm numerosos campos de treinamento e buscam o apoio do campesinato.

Conhecidos na Índia como naxalitas, por conta de uma revolta na aldeia bengali de Naxalbari em 1967, os maoístas lutam por uma revolução agrária de característica comunista.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2010/04/06/ataque-deixa-pelo-menos-73-policiais-mortos-na-india.jhtm

Ataque deixa pelo menos 73 policiais

06/04/2010 - 06h42
Ataque deixa pelo menos 73 policiais mortos na Índia
Nova Délhi, 6 abr (EFE).- Pelo menos 73 policiais indianos morreram nesta terça-feira em uma suposta emboscada da guerrilha maoísta registrada na região de Bastar (leste da Índia), informou uma fonte policial, destacando que se trata do pior ataque destas características nos últimos anos.

As forças de segurança recuperaram, até o momento, os corpos de 73 agentes e evacuaram oito feridos, disse à agência indiana "PTI" o porta-voz policial R.K. Vij, que atribuiu o ataque a um grupo composto por até mil guerrilheiros maoístas.

O ataque, que foi realizado na zona de floresta de Bastar, no estado centro-oriental de Chhattisgarh, parece ter sido meticulosamente planejado, segundo o diretor-geral da Polícia do estado, Vishwa Ranjan.

Ranjan indicou à agência indiana "Ians" que os guerrilheiros explodiram um veículo e provocaram várias explosões antes de abrir fogo contra uma centena de membros de uma unidade da Força da Reserva Central da Polícia (CRPF).

As autoridades indianas ordenaram o desdobramento de um amplo contingente de policiais regionais no local. Também foi enviado um helicóptero para transferência dos agentes feridos aos hospitais.

A patrulha policial voltava de tarefas de abertura de caminhos na floresta de Mukrana, uma região de forte presença insurgente, quando aconteceu o ataque, entre as 6h e 7h locais (entre 21h30 e 22h30 de quinta em Brasília).

Vij afirmou que a unidade atacada era composta por cerca de 80 homens, mas outra fonte citada pela "Ians" afirmou que a patrulha tinha 120 membros, e 700 maoístas participaram da ação.

A área de Bastar compreende cinco distritos em uns 40 mil quilômetros quadrados e é um dos eixos das atividades da guerrilha maoísta, que, para o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, é a ameaça interna mais grave do país.

A guerrilha permanece ativa, sobretudo no chamado "cinto vermelho", uma faixa de território no centro e no leste da Índia onde os rebeldes têm numerosos campos de treinamento e buscam o apoio do campesinato.

Conhecidos na Índia como naxalitas, por conta de uma revolta na aldeia bengali de Naxalbari em 1967, os maoístas lutam por uma revolução agrária de característica comunista.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2010/04/06/ataque-deixa-pelo-menos-73-policiais-mortos-na-india.jhtm

Atentados em Bagdá

06/04/2010 - 05h21
Atentados em Bagdá deixam pelo menos 11 mortos e 30 feridos
Bagdá, 6 abr (EFE).- Pelo menos 11 pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas em uma série de explosões que também causaram o desabamento de dois edifícios residenciais no noroeste de Bagdá, segundo fontes policiais.

As fontes explicaram que os dois edifícios, um situado no bairro de Al Shola e o segundo em Yokuk, caíram em consequência de dias dessas explosões.

Um terceiro atentado foi registrado na Rua Haifa, no centro da capital, perto do Ministério de Cultura e da embaixada do Irã, que já foi alvo de um ataque no último domingo.

As forças de segurança se deslocaram aos locais dos ataques e isolaram as zonas.

Os incidentes ocorrem dois dias depois que 30 pessoas morreram e 224 ficaram feridas em um triplo atentado suicida em duas regiões do centro e do oeste de Bagdá, que tinha como objetivo embaixadas e consulados na cidade.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2010/04/06/atentados-em-bagda-deixam-pelo-menos-11-mortos-e-30-feridos.jhtm

sábado, 3 de abril de 2010

45º ANIVERSÁRIO DAS FARC-EP MANUEL VIVE!



45º ANIVERSÁRIO DAS FARC-EP MANUEL VIVE!
Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP

Montanhas da Colômbia

http://www.farc-ejercitodelpueblo.org
Hino das FARC-Exército do Povo

http://www.youtube.com/watch?v=L56jdZbgg-A

As circunstâncias políticas são propícias para o acionar do movimento armado e pelo Movimento Bolivariano Manuel Marulanda Vélez. Veja em:

http://www.youtube.com/watch?v=GDfh8WIcvsw

Neste pensamento de Manuel Marulanda está pintada a alma das FARC como bandeira ao vento. Há 45 anos surgimos nas alturas de Marquetalia, a montanha da resistência dos povos, buscando a paz para a Colômbia, justiça e dignidade. Desde então somos a resposta armada dos despossuídos e dos justos contra as múltiplas violências do Estado.

A paz é nossa estratégia e o acionar do Movimento armado empunhando a bandeira da alternativa política, a tática para chegar a ela. O mesmo dizemos também com a palavra de fogo de Bolívar: “a insurreição se anuncia com o espírito de paz. Resiste ao despotismo porque este destrói a paz e não pega em armas senão para obrigar seus inimigos a fazer a paz”. Por ela entregaram a vida Manuel Marulanda Vélez, Jacobo Arenas, Efraín Guzmán, Raúl Reyes, Ivan Rios e toda essa invencível legião de comandantes e combatentes que hoje recordamos com veneração. Para todos eles, honra e glória neste aniversário das FARC-Exército do Povo.

“Aquele que assegura sua honra – dizia o Libertador – dedicando sua vida a serviço da humanidade, à defesa da justiça e do extermínio da tirania, adquire uma vida de imortalidade ao deixar a dimensão da matéria que o homem recebe da natureza. Uma morte gloriosa vence o tempo e prolonga a sublime existência até a mais remota posterioridade”... É o que ocorre com todos eles que, mesmo tendo partido continuam vivos nos fuzis e no projeto político das FARC, com Simon Bolívar, combatendo pela Nova Colômbia, pela Pátria Grande e pelo Socialismo, ombro a ombro com o povo e seus guerrilheiros.

Queremos construir o país descrito pelo Manifesto das FARC e pela Plataforma Bolivariana pela Nova Colômbia. E o queremos a partir de um Grande Acordo Nacional rumo à paz, firmado por todas as forças dispostas a mudar as injustas e anacrônicas estruturas, sem exclusões. País emanado de um pacto social com base no povo, pacto que instrumentalize a articulação de uma alternativa política visando à formação de um Novo Governo Nacional de caráter patriótico, democrático e bolivariano rumo ao socialismo. Sim, rumo ao socialismo, que não é outra coisa que a justiça e libertação dos povos, a única salvação da humanidade diante do apodrecimento do sistema capitalista mundial.

A dignidade da Colômbia e o resgate do sentimento de pátria exigem uma nova liderança que privilegie a unidade e o socialismo para avançar para rumo ao futuro. Um novo grito de independência nos convoca ao nos mostrar o campo de batalha de Ayacucho (em que Bolívar decidiu a independência do Império Espanhol) do século XXI em que tremula a certeza da vitória da revolução continental, a de Bolívar e de nossos Próceres.

É chegada a hora de superar a vergonha nacional representada por um governo ilegítimo e ilegal que gera morte e pobreza. Um governo apoiado pelo de Washington, que só atua para perpetuar a guerra e a discórdia enquanto garante a sangue e fogo o investimento das multinacionais que saqueiam nossos recursos. Um regime apátrida que, mesmo com o elevado número de militares norte-americanos que intervém no conflito interno da Colômbia, permite que o nosso solo sagrado seja pisoteado por mais tropas estrangeiras expulsas da base de Manta, no Equador, permitindo aos EUA colocar em operação nesta terra uma base de ataque para assaltar os povos irmãos do continente.

Um governo vergonhosamente narco-paramilitar, que já não se ruboriza diante das contundentes confissões de capos paramilitares que asseguram, como o vulgo “Dom Berna”, ter financiado com os dólares da cocaína as campanhas presidenciais de Álvaro Uribe Vélez. Veja em: http://www.youtube.com/watch?v=ab49_B4wlXE.

Um governo e um Presidente que transformaram o Palácio de Nariño (sede da Presidência da República) em um obscuro antro de conspiração entre mafiosos para desestabilizar a Suprema Corte de Justiça, obstruir a justiça e deixar sem efeito a independência dos poderes do Estado.

Um governo que extraditou para os EUA os chefes paramilitares quantos estes começaram a vincular o entorno de Uribe, dos generais, dos empresários e dos pecuaristas na estratégia paramilitar do Estado que continua dessangrando a Colômbia.

A opinião pública não sai do espanto diante do autismo do Ministério Público, que prefere enterrar a cabeça na areia para não atribuir nenhuma ação de responsabilidade penal contra as empresas Chiquita Brand – a mesma do massacre das bananeiras, em 1928 – a Drummond, Postobón, Brasília, Carvões do Caribe..., denunciadas pelo chefe paramilitar Salvatore Mancuso (preso nos EUA) como financiadores do paramilitarismo. O próprio capo revelou que o massacre de La Gabarra (atribuído à guerrilha para desprestigiá-la), quando foram assassinados 40 camponeses, foi realmente executado pelos paramilitares, exército oficial e polícia. Veja em: http://www.youtube.com/watch?v=sf4XNpHbwOk.

CAIU A MÁSCARA

O fantasma de Fujimori, condenado no Peru a 25 anos por crimes de lesa-humanidade, ronda em torno de Uribe. Ele prevê que os covardes assassinatos de civis não combatentes, estimulados pela loucura de mostrar a qualquer custo resultados com sangue de sua política fascista de “segurança”, não ficarão impunes. Veja em:

http://www.youtube.com/watch?v=xBBHGKHIggY

Clama aos céus por justiça o êxodo forçado de mais de quatro milhões de camponeses, o despojo de suas terras, as milhares de fossas comuns e a vinculação do presidente com massacres de indefesos cidadãos. O chefe paramilitar que denunciou a responsabilidade direta de Uribe no horripilante massacre de El Aro, estado de Antioquia, acaba de ser assassinado para satisfação do tirano do Palácio de Nariño. Ele sabe que mais cedo ou mais tarde terá que responder por seus crimes.

Deve ser revogado o mandato de um presidente que impôs o desonroso recorde de ter mais de 90% de sua bancada parlamentar vinculada ao processo da narco-parapolítica; que mantém como ministros de Estado delinqüentes que subornam; que utiliza o poder para tornar ricos seus filhos, que transforma o serviço diplomático em refúgio de assassinos como o general Montoya tantas vezes denunciado e que promove referendos inconstitucionais para se perpetuar no poder como mecanismo para escapar da justiça. Veja em:

http://www.youtube.com/watch?v=FabVBsZYfO8.

URIBE VÉLEZ É UM VERDADEIRO BANDIDO AMPARADO DETRÁS DA FAIXA PRESIDENCIAL

Quantos problemas internacionais gerou sua absurda pretensão de internacionalizar sua política fascista de “segurança” com a qual se acha no direito de agir fora de suas fronteiras para por em prática sua visão particular e sua estratégia contra-insurgente, acima dos povos e de seus governantes, pisoteando a soberania das nações e desestabilizando a região, sempre apoiado pela Casa Branca. Veja em: http://www.youtube.com/watch?v=ivMVsgN14z8

O que quer é incendiar o país indefinidamente com o fogo da guerra e com a violação dos direitos humanos, aferrado na quimera da vitória militar sobre a guerrilha comunista, procurando negar, de forma inconseqüente, a existência do conflito político e social, mas coloca sua mórbida ilusão no chamado “Plano Patriota” do Comando Sul do Exército dos EUA, acreditando inutilmente que a desconformidade social poder ser eliminada a tiros e com tecnologia militar de última geração.

Aumentar o efetivo militar para mais de 450 mil soldados devido à maior ajuda militar dos ianques no hemisfério não o manterá no poder porque assim mostra a experiência história e a sensatez.

“Os povos que lutaram por sua liberdade exterminaram finalmente seus tiranos” (Simón Bolívar).

Mas, além de ser um governo desprestigiado, apegado à ilegitimidade e acossado pela crise do capitalismo mundial, é também um governo condenado ao fracasso.

A Colômbia de hoje não quer o guerreirismo além montanha do governo. Quer soluções para o crescente desemprego e para a pobreza e exige o investimento social, sacrificado graças à guerra. Pede educação, moradia, saúde, água potável, direitos trabalhistas, terra, estradas, eletricidade, telefonia e comunicações, mercado para seus produtos agrícolas, renacionalização das empresas que foram privatizadas, punição para a corrupção, soberania para o povo, proteção do meio ambiente, verdadeira democracia, liberdade de opinião, libertação de presos políticos, fim da irracional extradição de colombianos, que mantém submissa a soberania jurídica, quer informação verdadeira, relações internacionais de respeito recíproco entre as nações, integração entre os povos com a construção da Pátria Grande com justiça social e paz.

Uribe Vélez teme, como o diabo tema a água benta, o clamor crescente dos que pedem paz, punição para os crimes perpetrados pelo Estado e um novo governo. Por isso exige angustiado que o tema da paz seja proscrito do debate eleitoral que se aproxima. É a loucura e o absurdo encarnados em um mandatário que quer submeter o país a seus ódios e ressentimentos.

Mingúem poderá desconsiderar um projeto de nova sociedade e de novo governo, a paz sonhada pelas maiorias nacionais. Ela é a bandeira que unirá os colombianos contra a tirania, a guerra e a injustiça.

Devemos todos estar alertas para impedir a manobra uribista de mudar o atual Presidente do Tribunal Eleitoral por um de seus serviçais. A única esperança do guerreirismo exasperado diante do desejo das maiorias é a fraude. E é o que devemos impedir agora, já que este foi amo e senhor das eleições de 2002 e 2006.

A reeleição de Uribe é um asqueroso monumento ao dolo e ao roubo praticados pelo ex-diretor da polícia política (DAS – Departamento Administrativo de Segurança), Jorge Noguera e pelo chefe narco-paramilitar, Jorge 40. Nas quatro milhões de assinaturas coletadas pelos uribistas a favor do referendo com apoio financeiro da DMG. Veja em: (http://www.youtube.com/watch?v=QUlMMWfg53Y), estão estampadas as assinaturas de um milhão e meio de mortos. Isto é fraude e roubo!

Fraude contra a opinião pública é também a insistente fábula da derrota militar da guerrilha, argumento falacioso tal qual o dos “falsos positivos” (o caso de jovens assassinados e apresentados fardados como guerrilheiros mortos em combate). Veja em:

http://www.youtube.com/watch?v=zcayaxHKLDg, utilizado na verdade para justificar os terríveis desaforos do Estado contra a população civil.

Como sempre quiseram fazer com Manuel Marulanda Vélez, quiseram matar as FARC com os fuzis do desejo e com o ensurdecedor toque das máquinas de escrever. Nenhuma guerrilha pode ser exterminada com disparos de tinta. Não existe era de pós-conflito senão no sonho delirante do guerreirismo sem futuro de um regime decadente.

Das montanhas da resistência, como vimos fazendo há 45 anos convocamos os colombianos a nos mobilizar resolutamente pela paz, negada pelos seguidores de Santander e pelo imperialismo ianque quando mataram Simon Bolívar e a Colômbia da unidade de povos em 1830.

O passado é levado em conta na construção da sociedade futura. Ninguém pode nos desviar do destino apontado pelo Libertador nas origens da República. A incitação do senador Álvaro Gómez Hurtado no começo da década de 60 de submeter a sangue e fogo o que considerou como “República Independente de Marquetalia”, não foi suficiente para entender que os problemas nacionais não são solucionados pela violência do Estado.

É PRECISO CONSTRUIR UMA NOVA COLÔMBIA SOBRE A SÓLIDA BASE DA PAZ NEGOCIADA!

O Grande Acordo Nacional para a Paz deve ter como norte estratégico a formação de um novo governo que garanta ao povo “a maior soma de felicidade possível, a maior soma de garantias sociais e a maior soma de estabilidade política”, como exigia o Libertador. Um governo patriótico, democrático, bolivariano, rumo ao socialismo, como consignado na Plataforma Bolivariana pela Nova Colômbia.

Como garantia para a paz e para a soberania nacional devemos erigir umas novas Forças Armadas compenetradas com a doutrina militar bolivariana que inculca o amor ao povo e o ódio à tirania. Não devemos esquecer que o exército patriota foi o criador da Colômbia e da República nas fulgurantes vitórias de Boyacá e de Carabobo, e que seu comandante, Bolívar, o definiu como “defensor da liberdade”, acrescentando que “suas glórias devem se fundir com as da república e sua ambição deve ficar satisfeita ao fazer a felicidade de seu país”. Assim devem ser as novas Forças Armadas e estamos seguros de que muitos dos atuais oficiais sonham em desempenhar esse papel.

Solidarizamo-nos com a justa luta das famílias dos soldados regulares que exigem o direito de não serem obrigados a entrar em combate mortal com a guerrilha. A guerra negada pelo governo para não reconhecer o caráter política da insurreição que luta pelo poder (só no mês de março ocasionou 297 baixas mortais e 340 feridos nas forças armadas oficiais).

Fazemos um chamamento aos soldados a não se deixarem utilizar mais como carne de canhão, defendendo interesses que não são os seus e sim os de uma oligarquia podre e criminosa, antisolidária, que faz muito pouco por eles quando caem prisioneiros ou ficam mutilados. Temos segurança de que seus familiares também querem gritar com o governo, com o professor Moncayo, que seus filhos não nascessem para irem à guerra da oligarquia. Veja em: http://www.youtube.com/watch?v=xRz46taIAPw.

Para conseguir o propósito da Nova Colômbia é necessário reorganizar o Estado com base na soberania do povo, tal como concebeu o Libertador em Angostura. Aos três ramos do poder do Estado devemos acrescentar os poderes moral e eleitoral, instituindo a revogação do mandato em todas as instâncias de eleição popular. Nunca mais cópias de leis estrangeiras para resolver nossos assuntos internos. Nunca mais sistema penal acusatório.

Requeremos um novo governo que puna exemplarmente a corrupção e acabe com a impunidade; que anule a política neoliberal responsável por nossas desgraças econômicas e sociais. O país e o governo com que sonhamos devem assegurar o controle dos ramos estratégicos da economia, estimular a produção em suas diversas modalidades, fazer respeitar nossa soberania sobre os recursos naturais. Tornar realidade a educação gratuita em todos os níveis, levar justiça ao campo com uma verdadeira reforma agrária que gere emprego e soberania alimentar, e construir a infra-estrutura para o progresso nacional.

Os contratos com as multinacionais que sejam lesivos para a Colômbia devem ser revisados, assim como os pactos militares, os tratados e convênios que manchem nossa soberania, anulados. Neste sentido o país não tem porque pagar a dívida externa contraída naqueles empréstimos viciados de fraude em qualquer de suas fases.

Solução não militar nem repressiva para o problema social da narco-produção. Veja em: http://baretopolitica.blogspot.com

Nossa política internacional deve ser reorientada para a integração solidária dos povos da Nossa América na Pátria Grande bolivariana e para o socialismo.

A etapa definitiva da luta pela paz começou. O povo colombiano não pode esmorecer até que veja concretizado este direito.

Com Bolívar, com Manuel, com o povo no poder!

Manuel vive na luta do povo colombiano!

Juramos vencer e venceremos!

http://www.youtube.com/watch?v=5HP11xmMVbs

http://www.youtube.com/watch?v=EpiXblEHKQg

Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP

Montanhas da Colômbia, maio de 2009.

http://www.abpnoticias.com/

Postado por Raoul José Pinto às 09:04

Marcadores: 45º Aniversário FARC-EP, Comandante Guerrilheiro Manuel Marulanda, FARC-EP, Juramos Vencer, Venceremos

MONTANHAS E MOVIMENTO
http://bloquezonalivre.blogspot.com/2009/06/45-aniversario-das-farc-ep-manuel-vive.html
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Outras imformaçôes Militares....






SIMON TRINIDAD

"Se esse é o preço à pagar pelos nossos ideais e pelos princípios que nos impelem à luta e que dão razão de se à nossa existência, que se há de fazer, bem vinda seja a prisão. Outros farão uso de sua liberdade para concluir os nossos sonhos de um mundo sem exploradôres nem explorados e sem propriedade privada sobre os meios de produção".

O Comandante SIMON TRINIDAD, membro do secretariado das FARC-EP, autor da frase acima quando foi prêso no Equador durante um tratamento de câncer na próstata, descreve muito bem como está meu interior nesta noite que antecede a um dia tão esperado por mim e por minha saudósa mãe: O DIA DE MINHA ORDENAÇÃO SACERDOTAL. Há 13 anos atrás, estava no retiro, no Sumaré, pregado por Dom Romer. Nunca dei um passo em minha vida tão consciente como aquêle, que atualizo à cada Santa Missa que celebro. Amanhã, às 9hs exatas, estava na procissão que conduziu-me e à 21 diáconos para sua ordenação sacerdotal. Chorava muito, mas de agradecimento a Deus por tudo o que tinha me levado até ali. Minha mãe estava presente, e sei muito bem que ela compreendeu bem a profundidade do que estava acontecendo naquele momento. MINHA MÃE NÃO QUERIA QUE EU FÔSSE PADRE. Ela já intuía em seu coração o que significa SER PADRE. É ser literalmente outro CRISTO. Qual mãe quer ver seu filho sofrer? Onze anos depois, enquanto tirava o corpo de minha mãe do saco, desamarrava suas mãos e seus pés, tirava de seu ventre uma etiqueta com seu nome e fechava seus olhos, em meio às lágrimas, benzia o seu corpo com murmúrios. Depois abençoei seu túmulo. Tudo isso, consequência do poder sacerdotal que Cristo me conferiu, sem eu saber até hoje o por quê. Minha mãe só me disse que não me queria Padre alguns anos depois de minha ordenação sacerdotal. Nunca,durante meu período de formação, exibiu qualquer reprovação. Depois de Deus, devo à ela, suas orações, seus sacrifícios pessoais, e mais ainda agora, o sacerdócio que carrego em vaso de barro.Fui criado em uma família simples, problemática como todas as demais. Mas sempre fomos leais um ao outro, embora nunca soubéssemos manifestar isso muito bem. Fora da redoma de minha família, nem mesmo nas Paróquias por onde passei, onde este atributo de Deus deveria ser levado à extremos, NUNCA O ENCONTREI. Amanhã, estarei prestando exclarecimentos a Dom Antônio Augusto, que foi meu professor desde 1991, e diretor espiritual desde esta data. Ele sabe tudo de minha vida, de minhas lutas, vitórias e derrotas. Foi ele que me aprovou para o sacerdócio ministerial. Foi ele quem me paramentou no dia de minha ordenação. É justamente a ele que tenho de explicar coisas que não disse. É uma grande ironia. Há alguns dias, tinha-o convidado para celebrar-mos juntos, mas por compromissos, neste dia(amanhã), ele não poderia. Acabou que estaremos juntos, numa situação que sem dúvida, será constrangedora para ambos, mas o fazemos, cada um a seu lado, por um dever de ofício. Fico me perguntando porque alguém é tão covarde em querer, sob o manto do anonimato, separar dois amigos pela intriga, por falso moralismo? Certamente nem ele nem Dom Edney, que também foi procurado por esta senhora, vão me dizer quem é...não sei se esta é a melhor política. Tinha decidido deixar a Paróquia quando minha mãe saísse do hospital. No cemitério, uma senhora me disse que Deus me queria aqui e por isso, levou minha mãe para junto dele. Infelizmente, sou levado a afirmar, com toda ênfase, que estas pessoas, que mergulharam a Matriz numa crise sem precedentes(essa sei quem é), e esta que me caluniou(não sei quem é) pagarão a Deus pelo mal que fizeram à mim, enquanto pastor deste rebanho. Por estas duas pessoas, minha mãe não merecia morrer...ah, ia esquecendo: o Comandante SIMON TRINIDAD foi extraditado para os EUA, onde foi condenado há 60 anos de prisão.

1-NUESTRO NUEVO COMANDANTE EN JEFE
Comandante ALFONSO CANO
2-HASTA LA VISTA
Comandante RAÚL REYES
3-Comandante IVAN RIOS
4-Comandante JACOBO ARENAS
5-Comandante MANUEL MARULANDA VÉLE
6-O ETERNO COMANDANTE SANDINISTA
http://projetoressurreicao.zip.net/arch2008-06-22_2008-06-28.html

Raúl Reyes, Iván Ríos e Manuel Marulanda


Raúl Reyes, Iván Ríos e Manuel Marulanda: Vivos na memória e na luta dos povos!
13 Março 2010
Classificado em Internacional - Comunistas
por Dax Toscano Segovia/MCB Equador

ABP

O mês de março de 2008 possui um significado importante, de grande e profunda dor para a insurgência colombiana, para as forças revolucionárias da América Latina e de todo o mundo. Nesse mês ocorreram as mortes dos Comandantes Raúl Reyes, Iván Ríos e Manuel Marulanda Vélez. Raúl foi assassinado em 1º de março, após um bombardeio empreendido contra seu acampamento guerrilheiro localizado em Angostura, na zona de Putumayo. O bombardeio provocou também a morte de outras vinte e quatro pessoas, entre elas cinco estudantes mexicanos que estavam no citado local.

Lucía Morett foi a única sobrevivente desse grupo de estudantes. Atualmente, ela é perseguida por parte do governo narco-paramilitar colombiano e por representantes da justiça equatoriana, que vêm tentando criminalizá-la por ter estado no acampamento guerrilheiro de Raúl.

O desenvolvimento e a execução da “Operação Fênix” estava a cargo das forças de segurança colombianas, que contaram com o respaldo de efetivos militares e de espionagem norte-americanos e israelenses. Membros dos serviços de inteligência do exército e polícia equatorianos também contribuíram para infiltrar e, posteriormente, estabelecer a localização precisa do acampamento do Comandante das FARC-EP. O major da polícia Manuel Silva e o coronel do exército Mario Pazmiño foram figuras-chaves nesta tarefa de trabalhar diretamente com os serviços de investigações policiais colombianos, recebendo auxílio de setores do Estado equatoriano.

A brutalidade caracterizou esta ação, sendo ressaltada positivamente pela indústria midiática colombiana que, ao mesmo tempo, se deleitava com a exposição mórbida das fotografias de Raúl Reyes abatido. Juan Manuel Santos, ex-ministro de Defesa colombiana, exibia um sorriso macabro ao dar a notícia, apresentando o cadáver de Raúl como um troféu de guerra.

Todavia, sem se restabelecer dessa dor, a insurgência colombiana se inteirava do assassinato do Comandante Iván Ríos, também membro do Secretariado das FARC-EP, em 3 de março de 2008. Iván foi vitimado por Pedro Pablo Montoya, conhecido como “Rojas”, um homem covarde que, cego pelo dinheiro e pelos “benefícios” que a política de segurança democrática do uribismo oferece aos assassinos e traidores do povo colombiano, disparou um tiro em sua cabeça, assim como na de sua companheira, quando estavam dormindo em seu acampamento. Após atirar, cortou uma das mãos de Ríos para levar como prova ao exército colombiano, com o propósito de cobrar a recompensa de 5 bilhões de pesos que havia sido oferecido. Uma vez mais, Uribe, Santos e Padilla não podiam esconder sua cara de satisfação frente a este novo golpe contra as FARC-EP. As declarações destes mafiosos através da imprensa eram dadas umas após outras, mostrando uma euforia desmedida, afirmando que a derrota das FARC era uma questão de pouco tempo.

O êxtase do regime narco-paramilitar de Álvaro Uribe Vélez chegou ao seu clímax quando, no mês de maio, as FARC-EP confirmaram a morte de seu Comandante-em-Chefe, Manuel Marulanda Vélez, de 78 anos, em 26 de março de 2008, resultado de uma parada cardíaca. Animado com a informação, o criminoso Juan Manuel Santos dava ordem ao exército colombiano de buscar o cadáver de Marulanda, oferecendo uma milionária soma de dinheiro a quem entregasse informações sobre a sua localização.

Esses dias foram muito difíceis e muito tristes para os guerrilheiros das FARC-EP. Porém, pese a campanha da mídia desatada pela propaganda do uribismo, que enfatizava que a insurgência estava desorganizada e desmoralizada, os combatentes colombianos não perderam o rumo traçado desde sua origem para combater em prol da construção da Nova Colômbia. Existia a necessidade de tomarem as medidas necessárias para recomporem-se frente aos revezes e dificuldades sofridas e surgidas como resultado lógico da guerra em que está imerso o povo colombiano, consequência da política criminosa da oligarquia deste país e do imperialismo ianque. O Comandante Alfonso Cano foi designado como o novo líder das FARC-EP.

O ocorrido nesse fatídico mês de março do ano de 2008 para a insurgência colombiana, assim com para todos os revolucionários, não pode ser recordado com melancolia e com base em sentimentalismos que não conduzem à ação transformadora do sistema imperante e da ordem vigente. Porque isso é, precisamente, o que pretendem atingir aqueles que detém o poder através de um sem número de mecanismos de alienação e encenação, entre os quais está a subjugação, por meio do medo da morte e do que aconteceu nas situações passadas, que tiveram resultado negativo para as organizações revolucionárias e seus integrantes.

O revolucionário basco Iñaki Gil de San Vicente disse que “um povo só vive quando mantém vivas as pessoas que morreram para que esse povo vivesse”. Não basta, então, recordar as nossas heroínas e nossos heróis a cada aniversário de sua morte ou tão somente fazer atos em sua homenagem nas datas nas quais morreram. Isso somente provocaria a mumificação ou petrificação de suas ações, de seus pensamentos. As recordações estéreis são também auspiciadas por aqueles que detém o poder para aproveitarem-se desses momentos com o objetivo de esvaziar a vitalidade dos combatentes revolucionários mortos ou para continuar denegrindo-lhes ou manchando sua imagem rebelde. Assim, fizeram com Che durante 43 anos.

“Um povo vive na medida que essa memória seja presente, seja ação, seja prática e não uma mera recordação podre entre os livros”, expressa Iñaki. E acrescenta que um povo só pode viver “se for capaz de manter nas ruas, nas ações e nas mobilizações as contribuições das pessoas que lutaram e morreram, mas não titubearam em enfrentar os maiores riscos para manter suas reivindicações para si e para as gerações futuras. Porque a memória não é uma coisa somente do passado e sim uma arma carregada de futuro, um instrumento de libertação, de ação”.

Marx assinalou, nas teses sobre Feurbach, a necessidade não só de contemplar a realidade, mas de transformá-la.

Para ele, é imprescindível que se repitam os ensinamentos, se usem bonés ou camisetas com as imagens de revolucionários ou se coloquem cartazes dos combatentes insurgentes nas portas ou paredes das casas e escritórios. Mas não apenas isso.

A práxis revolucionária implica nutrir-se de um corpo teórico adequado para compreender a realidade, não somente para explicá-la ou aprofundar seu conhecimento. O objetivo é, também, buscar transformá-la, modificá-la constantemente, muito mais se essa realidade é de miséria e exploração da maioria da população.

Porém, não se trata da ação individual, de uma pessoa sozinha, isolada dos coletivos sociais. Pelo contrário. São os povos e suas diversas organizações que devem levar adiante a tarefa política revolucionária de lutar contra os inimigos do gênero humano: o imperialismo, o sionismo, a burguesia mundial e as oligarquias, para assim alcançar a construção de uma sociedade diferente da capitalista.

Nesse processo, os povos não devem esquecer e nem perdoar aqueles que os infringiram dor e sofrimento. As ações criminosas cometidas por pessoas como Uribe, Santos, Padilla, Bush e seus aparatos militares e paramilitares, não podem ser relegadas ao passado, sem estar presentes na memória dos coletivos sociais. O propósito é dar impulso à luta revolucionária para acabar, efetivamente, com a política criminal e bélica da oligarquia e do imperialismo. De igual maneira, temos que manter vivos cada um dos feitos cometidos por criminosos a serviço daqueles que detém o poder na sociedade capitalista, para que, mais cedo ou mais tarde, prestem conta aos tribunais revolucionários.

Ao longo destes últimos cinquenta anos, as FARC-EP vêm demonstrando com sua práxis e seus combatentes, como Raúl, Iván e, especialmente, como o “velho querido”, o Comandante Manuel, ser coerente com os princípios que eles estabeleceram para defender o povo, mostrando na prática a firmeza, a decisão, o antiimperialismo e o internacionalismo revolucionário, agora mais vigorosamente, por ter recuperado a espada de combate do Libertador Simón Bolívar.

No segundo ano do assassinato de Raúl Reyes e de Iván Ríos e da morte natural do Comandante-em-Chefe, Manuel Marulanda Vélez, os revolucionários devem praticar a solidariedade militante, ativa e frontal com as FARC-EP. O temor, a claudicação, não podem ocupar a mente daqueles que lutam pela construção de um mundo distinto ao imposto pelo sistema capitalista.

A oligarquia colombiana e o imperialismo pretendem que os povos do mundo internalizem suas mentiras, repetidas constantemente sobre a insurgência colombiana.

É triste escutar muitas personalidades, supostamente progressistas, assim como organizações políticas aparentemente de esquerda, repetir os argumentos defendidos pela propaganda da oligarquia colombiana e do imperialismo ianque sobre as FARC-EP. Essa gente e esses movimentos que jamais estiveram “ao lado do povo que sofre”, no dizer de Che, não merecem nenhuma consideração por parte dos povos que lutam contra seus inimigos, seus exploradores.

Não cabem dúvidas de que a propaganda fascista possui um efeito poderoso também em grande parte da população, que é diariamente intoxicada com mentiras a respeito do movimento guerrilheiro colombiano.

Por isso, é vital o desmonte desse discurso e fazer as pessoas conhecerem, nos mais diversos espaços, o que realmente é a insurgência colombiana. Ganhar a hegemonia dos mentirosos oligarcas e imperialistas é tarefa fundamental dos revolucionários. A direita tem isso muito claro. Por isso, Uribe e o fantoche Gabriel Silva, atual ministro de Defesa da Colômbia, deram ordem às suas embaixadas para lançar uma campanha agressiva com o objetivo de denegrir as FARC-EP. Isso ocorreu logo após ser exibido na Argentina o documentário “FARC-EP: a insurgência do século XXI”, onde se apresenta a guerrilha colombiana em sua verdadeira dimensão, como força popular, político-militar, a serviço dos pobres.

Guardar silêncio, permanecer escondidos ou sentados comodamente em frente de um computador num escritório de trabalho, não é digno de quem luta por um mundo melhor. A solidariedade, o respaldo à insurgência colombiana, não obstante o conhecimento dos riscos que ela implica, produto da perseguição desatada pelo regime narco-paramilitar dirigido por Uribe, tem que ser a viva voz, como se fez com os revolucionários vietnamitas e argelinos e como se faz com o povo palestino, vítima dos mais bestiais crimes por parte do Estado sionista de Israel.

Essa solidariedade também deve expressar-se com aqueles que são criminalizados por denunciar as violações dos direitos humanos cometidos pelo regime fascistóide colombiano e por defender a insurgência revolucionária, como é o caso dos jornalistas Jorge Enrique Botero e Dick Emanuelsson, entre outras e outros coerentes comunicadores e intelectuais sociais.

Esse é o melhor tributo à Manuel, Raúl, Iván, Martín Caballero, Efraín Guzmán, como também aos revolucionários que vem sendo capturados e confinados nos cárceres colombianos ou norte-amerianos pelo delito de lutarem pela construção da Nova Colômbia, como Sonia, Simón Trindad ou Iván Vargas.

Bolívar Vive! A Luta Continua!

Juramos vencer, venceremos!

Tradução: Maria Fernanda M. Scelza
http://pcb.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1481%3Araul-reyes-ivan-rios-e-manuel-marulanda-vivos-na-memoria-e-na-luta-dos-povos&catid=42%3Acomunistas&Itemid=55

FARC reafirmam que não atacarão


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
FARC reafirmam que não atacarão forças vizinhas

ANNCOL

Chegou à redação de ANNCOL o seguinte comunicado das FARC-EP para divulgação à comunidade nacional e internacional

***

Ao povo irmão do Panamá:

Compatriotas:

A luta que travamos na Colômbia por uma pátria nova, livre e soberana, é a mesma luta de vocês e é o mesmo desejo que impulsiona a luta dos povos de nossa América.

Não podemos esquecer que fomos, e continuamos sendo, irmãos desde a Colômbia de Bolívar, e que, dessa perspectiva, o nosso inexorável destino é a união em uma Grande Nação de Repúblicas. Chegou a hora de retomar esse sonho de Bolívar e de reassumir a tarefa do Congresso Anfictiônico do Panamá.

Em relação ao assassinato a sangue frio e a queima roupa de três guerrilheiros das FARC por membros da Guarda Panamenha em Darién, acontecimento em que também foram capturados outros dois insurgentes feridos, o Ministro do Interior do Panamá disse que seu país não se envolverá no conflito interno da Colômbia, o que saudamos como uma decisão de governo, que se aplicada, sem dúvida contribuirá para a estabilidade da região.

É possível que o governo ignore que a Guarda desenvolve patrulhas conjuntas com o exército da Colômbia na fronteira. Que essa força é dirigida, na prática, pelo comando do exército colombiano, cujos oficiais visitam periodicamente as tropas na região e lhes designam tarefas contrainsurgentes. Que este trabalho é desenvolvido em estreita coordenação com os fuzileiros navais dos EUA cuja base se encontra na região. Esta atitude contrasta com a passividade absoluta da Guarda Nacional do Panamá e a cumplicidade do exército e do governo colombiano, quando os grupos paramilitares assolaram a região durante mais de uma década, assassinaram, desalojaram e deslocaram de suas terras a milhares de camponeses e indígenas dessa região da fronteira.

Como resultado desta política, inexplicavelmente agressiva contra as FARC, denunciamos os seguintes casos:

1. Através de uma estação de radio chamada "Voz Sem Fronteiras”, convida-se aos guerrilheiros a desertar e apresentar-se à guarnição militar próxima.

2. Copiando as práticas do exército colombiano, helicópteros da Guarda jogam panfletos com as fotografias dos comandantes do 57º Frente das FARC, oferecendo 150 mil dólares como recompensa para quem os entreguem ou assassinem.

3. Em 22 de fevereiro de 2008, depois de passar dois dias à deriva, cinco guerrilheiros e um civil que haviam naufragado em águas colombianas, a nove milhas da costa, foram resgatados pela Guarda e levados para Jaque. Quando se aproximavam do porto simularam uma ação bélica com tiros para mostrar-los à mídia como capturados em combate. No momento do naufrágio os guerrilheiros portavam seus respectivos equipamentos como fuzis, uniformes e alguns explosivos. As autoridades disseram à imprensa que tinham impedido uma ação armada das FARC no Panamá, e inventaram que a lancha que utilizavam transportava drogas.

4. Em dezembro de 2008, a Guarda emboscou um comando da 57º Frente das FARC que resultou em três guerrilheiros feridos e um capturado. Este último ainda está detido em uma prisão panamenha.

5. Em julho de 2009, as autoridades do Panamá extraditaram os guerrilheiros Abel, Ronald e Diana para os EUA, sob a falsa acusação de narcotráfico, para responder às intrigas do presidente dos falsos positivos, o mafioso Álvaro Uribe Vélez.

Para os panamenhos e panamenhas dizemos que, por cima dessa hostilidade injustificada, que aspiramos seja corrigida, está nossa política de fronteiras, que ordena ao guerrilheiro das FARC não atacar as forças armadas de países vizinhos.

Nosso coração sempre abrigou sentimentos de admiração pelo general Omar Torrijos, a quem lembramos pelo seu amor inabalável à pátria soberana e ao homem e mulher panamenhas e pelo seu exemplo de dignidade, que nos ensinou que, na enseada da Nossa América, não deve nunca tremular a bandeira da opressão dos EUA e que este solo não pode ser manchado pela presença de tropas ianques.

Para o povo do panamenho, o nosso grande abraço bolivariano.

Estado Maior do Bloco Ivan Rios das FARC-EP(FOTO)
Montanhas da Colômbia, 9 de fevereiro de 2010
Bicentenário da Proclamação da Independência

http://anncol-brasil.blogspot.com/2010/02/farc-reafirmam-que-nao-atacarao-forcas.html

Relações entre os EUA e a Colômbia

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
A parte oculta das relações entre os EUA e a Colômbia
A sincronia entre os programas dos EUA e do governo colombiano é, frequentemente, surpreendente, especialmente quando se trata de contrainteligência. O dia seguinte à pose do presidente colombiano Álvaro Uribe, que assumiu o cargo em 7 de agosto de 2002, junto com um Congresso em que o bloco narco-paramilitar de direita controlava cerca de um terço das cadeiras, estabeleceu amplas redes de denunciantes nas cidades e no campo – redes que levaram a um recorde nos níveis de deslocamentos forçados de supostos simpatizantes da guerrilha. Durante o mesmo verão, apesar de todos os esforços de Joe Lieberman, a Operação TIPS (Sistemas de informação e prevenção do terrorismo) - criado para fazer que os cidadãos norteamericanos informassem uns dos outros – fracassou no Senado dos EUA, uma vez que se soube que o programa proporcionaria ao FBI mais informantes per capita do que a Stasi (serviço secreto) da antiga Alemanha Oriental.

Agora, quase oito anos depois, os governos de ambos os países estão aumentando as apostas. Em 27 de janeiro, Uribe, buscando um terceiro mandato apesar das objeções de Washington, anunciou sua meta de colocar um mil espiões nas salas de aula das universidades: "Necessitamos que sejam os cidadãos se comprometam informar à Força Pública, e se jovens maiores de idade podem nos ajudar nesta tarefa de informação e de participação em redes de informação, pois isso nos ajuda tremendamente". Uribe ofereceu pagar 50 dólares por mês aos universitários para informem sobre quaisquer idéias ou comportamentos suspeitos para a polícia e as forças armadas colombianas.

A polícia e as forças armadas são, certamente, instituições cujos crimes têm sido numerosos e variados durante o regime de Uribe, como se evidencia no escândalo dos "falsos positivos" em 2008, onde veio à tona que, desde 2002, o exército colombiano tem dado incentivos e recompensas a oficiais e soldados pelo desaparecimento e assassinato de até 1.700 jovens desempregados em todo o país para apresentá-los como se fossem guerrilheiros. Em janeiro, 46 oficiais e soldados acusados de tais crimes foram libertados graças a um tecnicismo e confinados a uma base ao sul de Bogotá, onde permanecerão à espera do processo. O Exército deu-lhes uma festa de boas-vindas que incluiu oficinas terapêuticas e aromaterapia, massagens e tratamentos de beleza para suas esposas, e palhaços para as crianças. É o mesmo Exército que recebeu a maior parte dos sete bilhões de dólares do governo dos EUA gastos por meio do Plano Colômbia e seus sucessores nos governos dos presidentes Clinton, Bush e Obama.

Como o antropólogo e historiador David Price relata em Counter Punch, o empenho de Uribe para recrutar informantes entre os estudantes universitários é semelhante ao que acontece nos os EUA, onde Washington serviu como um projeto piloto. Com operações em 22 campus estabelecidas desde 2006, os chamados Centros Comunitários de Inteligência de Excelência Acadêmica representam o maior esforço de recrutamento em universidades dos EUA desde o início da Guerra Fria. O recrutamento atual, porém, é aberto e de conhecimento público, embora não seja motivo de manifestações públicas, já que o corpo docente tem, até agora, mantido silêncio sobre o assunto.

Em Medellín, a reação pública de professores, do sindicato dos professores, estudantes e grupos de jovens foi imediata e concertada o suficiente para fazer que Uribe revertesse a medida em 24 horas.

Quando seu secretário de imprensa mencionou o assunto no Quartel de Polícia, em 28 de janeiro, não mencionou os estudantes em particular, mas sim os cidadãos em geral: "A cooperação no combate ao crime é dever de todos os cidadãos. Nós não podemos ficar indiferentes diante do assassinato”. É a mesma retórica que Uribe tem usado desde a sua primeira campanha, em 2002, derivada da contrainsurgência da Guerra Fria: O público se vê como uma extensão das FARC, do crime organizado, ou as forças armadas colombianas. Destacados políticos, intelectuais e meios de informação rapidamente se manifestaram contra a medida, apontando o óbvio, ou seja, que os informantes universitários corriam o risco de sofrer represálias, assim como suas famílias. O destino dos informantes na Colômbia é, freqüentemente, atroz, e ao envolver os estudantes universitários na compilação de dados de inteligência, a política proposta por Uribe poderia ajudar a estourar e trazer a guerra, que atualmente está no alto das colinas próximas de Medellín, para o centro da cidade, onde se encontram as universidades.

O colunista Alfredo Molano acha que Uribe vai tentar estender o programa-piloto a todo o país, especialmente se "ganhar" um terceiro mandato em maio, mas se o fizer, provavelmente enfrentará mais resistência de estudantes e professores, especialmente nas universidades públicas. No entanto, Uribe pode aproveitar a situação como uma oportunidade para introduzir mais medidas neoliberais, de contrainsurgência, no Ensino Superior. Certamente é muito cedo para dizer até onde levará o programa-piloto ou o que se fará se surgir mais resistência, mas o ministro da Defesa, Gabriel Silva, disse à BBC que a medida "não tem volta".

Nos EUA, como o relatório de Price deixa claro, a Trinity Washington University foi um alvo fácil porque a escola pobre que depende das matriculas; estima-se que o novo clima de austeridade no Ensino Superior dos EUA deixará muitas universidades vulneráveis, particularmente as estatais. Em Medellín, a situação é muito pior do que nos EUA porque mais de 65% dos habitantes são pobres e muitos estudantes de universidades públicas provêm de classes menos privilegiadas, o que significa que a necessidade direta é muito mais intensa em Medellín do que nos EUA. A iniciativa de Uribe tem como objetivo ajudar a polícia e o exército a combater o crime organizado e as gangues juvenis na cidade natal do presidente, onde já aconteceram, somente em janeiro, mais de 180 homicídios, e após vários anos de relativa paz, caminha rumo a recuperar seu lugar como a capital mundial do homicídio e do crime juvenil.

Oficialmente, em 2009, houve mais de 1.800 homicídios (embora a BBC fale de 2.178), mais do dobro do que em 2008. Cerca de 60% dos mortos tinham menos de 30 anos. O prefeito Alonso Salazar estabeleceu escritórios móveis em alguns dos bairros mais perigosos nos morros, como Santo Domingo Nº1 e Manrique, mas sua equipe de segurança foi acusada de cometer abusos contra jovens do bairro, e aqueles que ousaram falar do crime são ameaçados, deslocados e, ou assassinados por bandidos locais. Entre janeiro e outubro de 2009, mais de 2.000 pessoas foram deslocadas à força em Medellín, e juntamente com o homicídio e deslocamento forçado, aumentaram todas as formas de crime organizado, depois da extradição aos EUA, em 2008, de Diego Fernando Murillo, vulgo Don Berna.

Já que Uribe vê as universidades, pelo menos as públicas, como antros de criminalidade, anarquia, desordem e subversão terrorista, é lógico que tente recrutar informantes para fortalecer o Estado repressor e a presença paraestatal nelas. Como de costume, o ex-ministro da Defesa e atual candidato à presidência, Juan Manuel Santos, disse que: "A política dos informantes tem sido muito bem sucedida. O fato de envolver jovens universitários onde existe muita delinquência me parece que pode ajudar a acalmar e a melhorar a situação da ordem pública que vive uma cidade como Medellín”. Ironicamente, a prisão Bela Vista seria o lugar óbvio para recrutar informantes já que o crime organizado do lado de fora é em grande parte coordenado do seu interior. Mas as prisões continuarão a ser os centros nervosos para crimes juvenis, enquanto as universidades (públicas) podem ser criminalizadas, militarizadas e sofrer mais cortes de orçamento.

Embora as semelhanças entre a Colômbia e os EUA sejam alarmantes, podem existir tanto conexões como paralelos. Segundo o relatório anual apresentado ao Congresso colombiano pelo ministro da Defesa daquela época, Santos, em 2008, Washington e Bogotá coordenaram estreitamente os seus esforços de inteligência. Santos disse que "entre 16 e 27 de abril de 2007 foi realizado, pela equipe de assessores da Embaixada dos Estados Unidos, um seminário sobre o manejo dos informantes, evento que foi assistido por 2 Oficiais, 6 Suboficiais e 2 civis, pessoal pertencente ao Chefatura da Inteligência Naval, permitindo com esse tipo de atividade o treinamento permanente do pessoal de inteligência, atualizando, fortalecendo e complementando as táticas empregadas contra a ameaça interna". De fato, a Colômbia é apresentada como um modelo de como uma contrainsurgência bem sucedida poderia ser no Afeganistão e no Iraque e, em março de 2009, o almirante Jim Stavridis, do Comando Sul dos EUA, participou de uma conferência de dois dias em Bogotá, para estudar as lições da Colômbia que poderiam ser aplicados em outros lugares.

Junto com os expoentes da contrainsurgência como David Kilcullen – ex-chefe dos assessores dos generais David Petraeus e Stanley McChrystal – Santos foi um dos oradores oficiais na conferência. Refletindo sobre os progressos realizados desde a implementação do Plano Colômbia, Stavridis escreveu: "Neste ano, Bogotá está entre os destinos turísticos ‘que devem ser visitados’ do New York Times e navios de cruzeiro invadem o maravilhoso porto caribenho de Cartagena. A Colômbia chegou muito longe em matéria de controle de uma insurgência profundamente arraigada e que está a apenas duas horas de vôo de Miami – e podemos aprender muito com o seu sucesso”. Só podemos esperar que, no futuro, os estudantes universitários espiões não se transformem em parte da receita para o êxito na contrainsurgência global.

http://anncol-brasil.blogspot.com/2010/02/parte-oculta-das-relacoes-entre-os-eua.html

Paramilitares colombianos reconhecem


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Paramilitares colombianos reconhecem ter cometido mais de 30 mil assassinatos!
Fonte: ABN

Bogotá, 17 de fevereiro.

A unidade de Justiça e Paz da Promotoria colombiana tornou público nesta terça-feira, um relatório onde se revela que o grupo paramilitar Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), cometeu cerca de 30.500 assassinatos e 2.520 desaparecimentos em 20 anos.

Segundo o relatório, uns 4.112 ex-combatentes das AUC asseguram ter perpetuado 30.470assassinatos entre a década de oitenta até sua desmobilização a partir de 2003, anunciou EFE.

Estes reveladores dados da crua violência que tem açoitado os colombianos ocorrem nos marcos do Plano Justiça e Paz em que o governo desse país oferece benefícios judiciais aos paramilitares das AUC que se desmobilizaram num processo iniciado pelo governo de Álvaro Uribe, entre 2003 e 2006, em troca do seu desarmamento e confissão dos crimes.

Esta lei fixa uma pena máxima de oito anos de prisão para os paramilitares que se submetam à justiça, confessem seus crimes e reparem as vítimas.

Fontes do órgão asseguram que neste processo de verificação da informação já foram validadas denuncias sobre 11.797 homicídios.

De acordo com o relatório, a Promotoria recebeu declarações dos ex-combatentes que dão conta de 1.085 massacres; 1.437 recrutamentos de menores; 2.520 desaparecimentos forçados; 2.326 deslocamentos forçados e 1.642 extorsões, além de 1.033 sequestros.

Até dezembro de 2009 a Promotoria verificou que ocorreram 485 massacres; 1.093 recrutamentos de menores; 1.412 desaparecimentos forçados; 747 deslocamentos maciços; 623 extorsões e 392 sequestros, segundo a fonte.

O relatório conclui seus números mencionando que uns 32 mil paramilitares abandonaram as armas nesse processo, mesmo que órgãos de Direitos Humanos tenham denunciado que uma quantidade indeterminada de comandantes intermediários, que ficaram à margem desse plano, ainda atua em grupos criminosos ao serviço do narcotráfico.

De acordo com outro relatório elaborado pela Universidade de Berkeley – EUA, intitulado “A verdade por trás das grades” (Truth behind bars), o processo de Justiça e Paz começou a rachar pela falta de um acordo por escrito que determinasse a ‘cooperação judicial’ entre a Colômbia e os EUA, uma vez que os chefes paramilitares, protagonistas da violência das, pelo menos, duas últimas décadas, foram aprisionados nesse país por delitos relacionados exclusivamente com o narcotráfico.

Tudo isso se soma às dificuldades logísticas para manter contato com os prisioneiros e à própria vontade destes, pois em maio de 2008 somente cinco dos 15 extraditados continuaram com suas versões livres.
O relatório ainda destaca um sério obstáculo, pois os promotores norteamericanos colocaram de lado os esforços das vitimas para intervir nos processos e obrigar os ex-chefes paramilitares a revelar informação, apesar de que nesse país existe a lei de direitos das vitimas de crimes (Crime Victims Rights Act).

O documento assinala que a própria Corte Suprema colombiana tem visto atrapalhado o seu trabalho.

Está instituição tem feito diversas solicitações para obter declarações de ex-comandantes das AUC, como Carlos Mario Jiménez Naranjo (Macaco), Rodrigo Tovar Pupo (Jorge 40) e Diego Fernando Murillo Bejarano (Dom Berna), que até o passado 28 de outubro, não tinham sido respondidas.

Naquele mês, relembra o documento, após uma viagem a Washington, o ex-presidente do Alto Tribunal, magistrado Augusto Ibañez, qualificou de preliminares os esforços para conseguir a desejada cooperação judicial.

Os impedimentos logísticos também têm obstruído a possibilidade, estipulada pela Lei de Justiça e Paz, de que as vitimas questionem diretamente os seus algozes ou seu direito à reparação.

O Laboratório Internacional de Direitos Humanos de Berkeley (IHRLC), encontrou nos EUA a trinta homens extraditados da Colômbia, relacionados com o paramilitarismo, dos quais em dezoito casos a informação dos seus julgamentos não é pública.

O Centro Jurídico relembrou a importância que estes homens têm nos delicados processos da parapolítica e outros graves crimes, cujos testemunhos não foram totalmente explorados. A extradição limitou sua disponibilidade como testemunhas em potenciais.

O assunto, logicamente, não se limita à parapolítica. Os ex-chefes paramilitares ainda estão envolvidos em centenas de investigações penais por massacres, deslocamentos, roubo de terras, assassinatos e desaparecimentos forçados, entre outros.

Segundo o relatório, na Promotoria colombiana há 276 processos abertos contra funcionários públicos, que possivelmente conspiraram com os paramilitares e, mesmo que num período de cinco meses em que as autoridades colombianas pediram 39 audiências com os ex-chefes paramilitares, somente uma dezena delas foram realizadas.

Após 21 meses da “saída” dos ex-chefes paramilitares da Colômbia, nenhum ex-integrante das AUC foi condenado.

Sobre a “saída”, o Relatório não revela para qual país fugiram os assassinos que não foram extraditados aos EUA.

“As extradições podem ter acabado com as ligações dos processados com o comércio de entorpecentes, mas pouco fizeram para desmantelar as estruturas paramilitares responsáveis pelo narcotráfico e pela violência generalizada”, afirma o documento do IHRLC.


Ainda, segundo o Relatório, “as investigações atuais contra processados colombianos oferecem aos EUA uma oportunidade única para romper com o ciclo da impunidade. Os ex-comandantes paramilitares têm capacidade de prover informação critica nos casos de violações dos Direitos Humanos, corrupção e crimes contra sindicalistas”.

às 14:20
http://anncol-brasil.blogspot.com/2010/02/paramilitares-colombianos-reconhecem.html

Plano pra Matar Obama...




terça-feira, 28 de outubro de 2008
Plano pra Matar Obama
Maluco tinha plano de matar obama e mais 102 negros confiram essa insanidade monstro...
Barack Obama candidato a presidencia dos Estados Unidos...

O governo dos Estados Unidos informou nesta segunda-feira, 27, que desarticulou uma conspiração de neonazistas, que planejavam os assassinatos do candidato democrata à Presidência americana, Barack Obama, e de mais 102 afro-americanos no Mississippi. O complô foi desmantelado por agentes do Escritório para Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF, na sigla em in

Daniel Cowart, 20 anos...

Em gravações liberadas nesta segunda-feira por um corte distrital em Jackson, no Tennessee, os agentes federais dizem que desmantelaram planos para o roubo de uma loja de armas, ao qual se seguiria uma matança em uma escola secundária cuja maioria dos alunos são afro-americanos...

Os agentes afirmam que os neonazistas, dois homens já detidos sem direito a fiança, não identificaram qual escola seria o alvo. Em seguida, eles sairiam do local de automóvel para fazer chacinas em vários Estados. O crime seria finalizado com o assassinato de Obama...

Jim Cavanaugh, agente especial do ATF em Nashville, disse que os dois homens planejavam matar a tiros 88 afro-americanos e depois decapitar outros 14. Os números 88 e 14 são simbólicos na comunidade que defende a "supremacia branca" nos Estados Unidos...

Os dois homens planejavam fazer a matança na escola e em seguida partirem em uma missão que seria coroada pelo assassinato de Obama, declarou Cavanaugh. "Eles disseram que esse seria o último e final ato deles - que eles tentariam matar o senador Obama", afirmou Cavanaugh. "Eles não acreditavam que seriam capazes de fazer isso, mas disseram que morreriam tentando."..

Essa foto é muito absurda vejam no braço direito a suastica nazista, resquicios do nazismo e vejam a arma absurda que o garoto segura...

Uma porta-voz de Obama, que viaja com o candidato nesta segunda-feira pela Pensilvânia, não quis comentar a conspiração. Os dois homens, Daniel Cowart, de 20 anos, e Paul Schlesselman, de 18 anos, estão presos sem direito a fiança. Os agentes apreenderam um rifle, três pistolas automáticas e uma escopeta com os suspeitos. Segundo as autoridades, eles planejavam um assalto a uma loja de armas antes dos ataques...

O advogado Joe Byrd, que foi contratado para representar Cowart, não retornou aos pedidos de entrevista. Cavanaugh disse que as investigações continuam e mais pessoas podem ser acusadas. As gravações da corte indicam que Cowart e Schlesselman também compraram máscaras de ski e cordas de nylon que seriam usadas na matança...

Sobre a conspiração contra Obama, os documentos indicam que Cowart e Schlesselman "planejavam dirigir o carro o mais rápido que pudessem e atirar em Obama a partir do veículo". Cavanaugh disse que as autoridades levaram a sério as ameaças. "Eles pareciam determinados a executar os planos", afirmou. "Mesmo que eles apenas tentassem executar o plano, isso já deixaria um rastro de lágrimas no sul dos Estados Unidos."...

Obama, que pode se tornar o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, está à frente do republicano John McCain nas pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial, marcada para 4 de novembro...

http://insanidadeshumanas.blogspot.com/2008/10/plano-pra-matar-obama.html