sábado, 3 de abril de 2010
45º ANIVERSÁRIO DAS FARC-EP MANUEL VIVE!
45º ANIVERSÁRIO DAS FARC-EP MANUEL VIVE!
Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP
Montanhas da Colômbia
http://www.farc-ejercitodelpueblo.org
Hino das FARC-Exército do Povo
http://www.youtube.com/watch?v=L56jdZbgg-A
As circunstâncias políticas são propícias para o acionar do movimento armado e pelo Movimento Bolivariano Manuel Marulanda Vélez. Veja em:
http://www.youtube.com/watch?v=GDfh8WIcvsw
Neste pensamento de Manuel Marulanda está pintada a alma das FARC como bandeira ao vento. Há 45 anos surgimos nas alturas de Marquetalia, a montanha da resistência dos povos, buscando a paz para a Colômbia, justiça e dignidade. Desde então somos a resposta armada dos despossuídos e dos justos contra as múltiplas violências do Estado.
A paz é nossa estratégia e o acionar do Movimento armado empunhando a bandeira da alternativa política, a tática para chegar a ela. O mesmo dizemos também com a palavra de fogo de Bolívar: “a insurreição se anuncia com o espírito de paz. Resiste ao despotismo porque este destrói a paz e não pega em armas senão para obrigar seus inimigos a fazer a paz”. Por ela entregaram a vida Manuel Marulanda Vélez, Jacobo Arenas, Efraín Guzmán, Raúl Reyes, Ivan Rios e toda essa invencível legião de comandantes e combatentes que hoje recordamos com veneração. Para todos eles, honra e glória neste aniversário das FARC-Exército do Povo.
“Aquele que assegura sua honra – dizia o Libertador – dedicando sua vida a serviço da humanidade, à defesa da justiça e do extermínio da tirania, adquire uma vida de imortalidade ao deixar a dimensão da matéria que o homem recebe da natureza. Uma morte gloriosa vence o tempo e prolonga a sublime existência até a mais remota posterioridade”... É o que ocorre com todos eles que, mesmo tendo partido continuam vivos nos fuzis e no projeto político das FARC, com Simon Bolívar, combatendo pela Nova Colômbia, pela Pátria Grande e pelo Socialismo, ombro a ombro com o povo e seus guerrilheiros.
Queremos construir o país descrito pelo Manifesto das FARC e pela Plataforma Bolivariana pela Nova Colômbia. E o queremos a partir de um Grande Acordo Nacional rumo à paz, firmado por todas as forças dispostas a mudar as injustas e anacrônicas estruturas, sem exclusões. País emanado de um pacto social com base no povo, pacto que instrumentalize a articulação de uma alternativa política visando à formação de um Novo Governo Nacional de caráter patriótico, democrático e bolivariano rumo ao socialismo. Sim, rumo ao socialismo, que não é outra coisa que a justiça e libertação dos povos, a única salvação da humanidade diante do apodrecimento do sistema capitalista mundial.
A dignidade da Colômbia e o resgate do sentimento de pátria exigem uma nova liderança que privilegie a unidade e o socialismo para avançar para rumo ao futuro. Um novo grito de independência nos convoca ao nos mostrar o campo de batalha de Ayacucho (em que Bolívar decidiu a independência do Império Espanhol) do século XXI em que tremula a certeza da vitória da revolução continental, a de Bolívar e de nossos Próceres.
É chegada a hora de superar a vergonha nacional representada por um governo ilegítimo e ilegal que gera morte e pobreza. Um governo apoiado pelo de Washington, que só atua para perpetuar a guerra e a discórdia enquanto garante a sangue e fogo o investimento das multinacionais que saqueiam nossos recursos. Um regime apátrida que, mesmo com o elevado número de militares norte-americanos que intervém no conflito interno da Colômbia, permite que o nosso solo sagrado seja pisoteado por mais tropas estrangeiras expulsas da base de Manta, no Equador, permitindo aos EUA colocar em operação nesta terra uma base de ataque para assaltar os povos irmãos do continente.
Um governo vergonhosamente narco-paramilitar, que já não se ruboriza diante das contundentes confissões de capos paramilitares que asseguram, como o vulgo “Dom Berna”, ter financiado com os dólares da cocaína as campanhas presidenciais de Álvaro Uribe Vélez. Veja em: http://www.youtube.com/watch?v=ab49_B4wlXE.
Um governo e um Presidente que transformaram o Palácio de Nariño (sede da Presidência da República) em um obscuro antro de conspiração entre mafiosos para desestabilizar a Suprema Corte de Justiça, obstruir a justiça e deixar sem efeito a independência dos poderes do Estado.
Um governo que extraditou para os EUA os chefes paramilitares quantos estes começaram a vincular o entorno de Uribe, dos generais, dos empresários e dos pecuaristas na estratégia paramilitar do Estado que continua dessangrando a Colômbia.
A opinião pública não sai do espanto diante do autismo do Ministério Público, que prefere enterrar a cabeça na areia para não atribuir nenhuma ação de responsabilidade penal contra as empresas Chiquita Brand – a mesma do massacre das bananeiras, em 1928 – a Drummond, Postobón, Brasília, Carvões do Caribe..., denunciadas pelo chefe paramilitar Salvatore Mancuso (preso nos EUA) como financiadores do paramilitarismo. O próprio capo revelou que o massacre de La Gabarra (atribuído à guerrilha para desprestigiá-la), quando foram assassinados 40 camponeses, foi realmente executado pelos paramilitares, exército oficial e polícia. Veja em: http://www.youtube.com/watch?v=sf4XNpHbwOk.
CAIU A MÁSCARA
O fantasma de Fujimori, condenado no Peru a 25 anos por crimes de lesa-humanidade, ronda em torno de Uribe. Ele prevê que os covardes assassinatos de civis não combatentes, estimulados pela loucura de mostrar a qualquer custo resultados com sangue de sua política fascista de “segurança”, não ficarão impunes. Veja em:
http://www.youtube.com/watch?v=xBBHGKHIggY
Clama aos céus por justiça o êxodo forçado de mais de quatro milhões de camponeses, o despojo de suas terras, as milhares de fossas comuns e a vinculação do presidente com massacres de indefesos cidadãos. O chefe paramilitar que denunciou a responsabilidade direta de Uribe no horripilante massacre de El Aro, estado de Antioquia, acaba de ser assassinado para satisfação do tirano do Palácio de Nariño. Ele sabe que mais cedo ou mais tarde terá que responder por seus crimes.
Deve ser revogado o mandato de um presidente que impôs o desonroso recorde de ter mais de 90% de sua bancada parlamentar vinculada ao processo da narco-parapolítica; que mantém como ministros de Estado delinqüentes que subornam; que utiliza o poder para tornar ricos seus filhos, que transforma o serviço diplomático em refúgio de assassinos como o general Montoya tantas vezes denunciado e que promove referendos inconstitucionais para se perpetuar no poder como mecanismo para escapar da justiça. Veja em:
http://www.youtube.com/watch?v=FabVBsZYfO8.
URIBE VÉLEZ É UM VERDADEIRO BANDIDO AMPARADO DETRÁS DA FAIXA PRESIDENCIAL
Quantos problemas internacionais gerou sua absurda pretensão de internacionalizar sua política fascista de “segurança” com a qual se acha no direito de agir fora de suas fronteiras para por em prática sua visão particular e sua estratégia contra-insurgente, acima dos povos e de seus governantes, pisoteando a soberania das nações e desestabilizando a região, sempre apoiado pela Casa Branca. Veja em: http://www.youtube.com/watch?v=ivMVsgN14z8
O que quer é incendiar o país indefinidamente com o fogo da guerra e com a violação dos direitos humanos, aferrado na quimera da vitória militar sobre a guerrilha comunista, procurando negar, de forma inconseqüente, a existência do conflito político e social, mas coloca sua mórbida ilusão no chamado “Plano Patriota” do Comando Sul do Exército dos EUA, acreditando inutilmente que a desconformidade social poder ser eliminada a tiros e com tecnologia militar de última geração.
Aumentar o efetivo militar para mais de 450 mil soldados devido à maior ajuda militar dos ianques no hemisfério não o manterá no poder porque assim mostra a experiência história e a sensatez.
“Os povos que lutaram por sua liberdade exterminaram finalmente seus tiranos” (Simón Bolívar).
Mas, além de ser um governo desprestigiado, apegado à ilegitimidade e acossado pela crise do capitalismo mundial, é também um governo condenado ao fracasso.
A Colômbia de hoje não quer o guerreirismo além montanha do governo. Quer soluções para o crescente desemprego e para a pobreza e exige o investimento social, sacrificado graças à guerra. Pede educação, moradia, saúde, água potável, direitos trabalhistas, terra, estradas, eletricidade, telefonia e comunicações, mercado para seus produtos agrícolas, renacionalização das empresas que foram privatizadas, punição para a corrupção, soberania para o povo, proteção do meio ambiente, verdadeira democracia, liberdade de opinião, libertação de presos políticos, fim da irracional extradição de colombianos, que mantém submissa a soberania jurídica, quer informação verdadeira, relações internacionais de respeito recíproco entre as nações, integração entre os povos com a construção da Pátria Grande com justiça social e paz.
Uribe Vélez teme, como o diabo tema a água benta, o clamor crescente dos que pedem paz, punição para os crimes perpetrados pelo Estado e um novo governo. Por isso exige angustiado que o tema da paz seja proscrito do debate eleitoral que se aproxima. É a loucura e o absurdo encarnados em um mandatário que quer submeter o país a seus ódios e ressentimentos.
Mingúem poderá desconsiderar um projeto de nova sociedade e de novo governo, a paz sonhada pelas maiorias nacionais. Ela é a bandeira que unirá os colombianos contra a tirania, a guerra e a injustiça.
Devemos todos estar alertas para impedir a manobra uribista de mudar o atual Presidente do Tribunal Eleitoral por um de seus serviçais. A única esperança do guerreirismo exasperado diante do desejo das maiorias é a fraude. E é o que devemos impedir agora, já que este foi amo e senhor das eleições de 2002 e 2006.
A reeleição de Uribe é um asqueroso monumento ao dolo e ao roubo praticados pelo ex-diretor da polícia política (DAS – Departamento Administrativo de Segurança), Jorge Noguera e pelo chefe narco-paramilitar, Jorge 40. Nas quatro milhões de assinaturas coletadas pelos uribistas a favor do referendo com apoio financeiro da DMG. Veja em: (http://www.youtube.com/watch?v=QUlMMWfg53Y), estão estampadas as assinaturas de um milhão e meio de mortos. Isto é fraude e roubo!
Fraude contra a opinião pública é também a insistente fábula da derrota militar da guerrilha, argumento falacioso tal qual o dos “falsos positivos” (o caso de jovens assassinados e apresentados fardados como guerrilheiros mortos em combate). Veja em:
http://www.youtube.com/watch?v=zcayaxHKLDg, utilizado na verdade para justificar os terríveis desaforos do Estado contra a população civil.
Como sempre quiseram fazer com Manuel Marulanda Vélez, quiseram matar as FARC com os fuzis do desejo e com o ensurdecedor toque das máquinas de escrever. Nenhuma guerrilha pode ser exterminada com disparos de tinta. Não existe era de pós-conflito senão no sonho delirante do guerreirismo sem futuro de um regime decadente.
Das montanhas da resistência, como vimos fazendo há 45 anos convocamos os colombianos a nos mobilizar resolutamente pela paz, negada pelos seguidores de Santander e pelo imperialismo ianque quando mataram Simon Bolívar e a Colômbia da unidade de povos em 1830.
O passado é levado em conta na construção da sociedade futura. Ninguém pode nos desviar do destino apontado pelo Libertador nas origens da República. A incitação do senador Álvaro Gómez Hurtado no começo da década de 60 de submeter a sangue e fogo o que considerou como “República Independente de Marquetalia”, não foi suficiente para entender que os problemas nacionais não são solucionados pela violência do Estado.
É PRECISO CONSTRUIR UMA NOVA COLÔMBIA SOBRE A SÓLIDA BASE DA PAZ NEGOCIADA!
O Grande Acordo Nacional para a Paz deve ter como norte estratégico a formação de um novo governo que garanta ao povo “a maior soma de felicidade possível, a maior soma de garantias sociais e a maior soma de estabilidade política”, como exigia o Libertador. Um governo patriótico, democrático, bolivariano, rumo ao socialismo, como consignado na Plataforma Bolivariana pela Nova Colômbia.
Como garantia para a paz e para a soberania nacional devemos erigir umas novas Forças Armadas compenetradas com a doutrina militar bolivariana que inculca o amor ao povo e o ódio à tirania. Não devemos esquecer que o exército patriota foi o criador da Colômbia e da República nas fulgurantes vitórias de Boyacá e de Carabobo, e que seu comandante, Bolívar, o definiu como “defensor da liberdade”, acrescentando que “suas glórias devem se fundir com as da república e sua ambição deve ficar satisfeita ao fazer a felicidade de seu país”. Assim devem ser as novas Forças Armadas e estamos seguros de que muitos dos atuais oficiais sonham em desempenhar esse papel.
Solidarizamo-nos com a justa luta das famílias dos soldados regulares que exigem o direito de não serem obrigados a entrar em combate mortal com a guerrilha. A guerra negada pelo governo para não reconhecer o caráter política da insurreição que luta pelo poder (só no mês de março ocasionou 297 baixas mortais e 340 feridos nas forças armadas oficiais).
Fazemos um chamamento aos soldados a não se deixarem utilizar mais como carne de canhão, defendendo interesses que não são os seus e sim os de uma oligarquia podre e criminosa, antisolidária, que faz muito pouco por eles quando caem prisioneiros ou ficam mutilados. Temos segurança de que seus familiares também querem gritar com o governo, com o professor Moncayo, que seus filhos não nascessem para irem à guerra da oligarquia. Veja em: http://www.youtube.com/watch?v=xRz46taIAPw.
Para conseguir o propósito da Nova Colômbia é necessário reorganizar o Estado com base na soberania do povo, tal como concebeu o Libertador em Angostura. Aos três ramos do poder do Estado devemos acrescentar os poderes moral e eleitoral, instituindo a revogação do mandato em todas as instâncias de eleição popular. Nunca mais cópias de leis estrangeiras para resolver nossos assuntos internos. Nunca mais sistema penal acusatório.
Requeremos um novo governo que puna exemplarmente a corrupção e acabe com a impunidade; que anule a política neoliberal responsável por nossas desgraças econômicas e sociais. O país e o governo com que sonhamos devem assegurar o controle dos ramos estratégicos da economia, estimular a produção em suas diversas modalidades, fazer respeitar nossa soberania sobre os recursos naturais. Tornar realidade a educação gratuita em todos os níveis, levar justiça ao campo com uma verdadeira reforma agrária que gere emprego e soberania alimentar, e construir a infra-estrutura para o progresso nacional.
Os contratos com as multinacionais que sejam lesivos para a Colômbia devem ser revisados, assim como os pactos militares, os tratados e convênios que manchem nossa soberania, anulados. Neste sentido o país não tem porque pagar a dívida externa contraída naqueles empréstimos viciados de fraude em qualquer de suas fases.
Solução não militar nem repressiva para o problema social da narco-produção. Veja em: http://baretopolitica.blogspot.com
Nossa política internacional deve ser reorientada para a integração solidária dos povos da Nossa América na Pátria Grande bolivariana e para o socialismo.
A etapa definitiva da luta pela paz começou. O povo colombiano não pode esmorecer até que veja concretizado este direito.
Com Bolívar, com Manuel, com o povo no poder!
Manuel vive na luta do povo colombiano!
Juramos vencer e venceremos!
http://www.youtube.com/watch?v=5HP11xmMVbs
http://www.youtube.com/watch?v=EpiXblEHKQg
Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP
Montanhas da Colômbia, maio de 2009.
http://www.abpnoticias.com/
Postado por Raoul José Pinto às 09:04
Marcadores: 45º Aniversário FARC-EP, Comandante Guerrilheiro Manuel Marulanda, FARC-EP, Juramos Vencer, Venceremos
MONTANHAS E MOVIMENTO
http://bloquezonalivre.blogspot.com/2009/06/45-aniversario-das-farc-ep-manuel-vive.html
http://bloquezonalivre.blogspot.com/2009/06/45-aniversario-das-farc-ep-manuel-vive.html
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário