sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Al Qaeda no Iêmen reivindica responsabilidade .......

05/11/2010 - 17h29

Al Qaeda no Iêmen reivindica responsabilidade por envio de pacotes-bomba aos EUA

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DE SÃO PAULO
Atualizado às 17h51.
O braço da Al Qaeda no Iêmen reivindicou a responsabilidade pelo envio de dois pacotes-bomba aos EUA em aviões de carga na semana passada. A rede terrorista também assumiu um atentado envolvendo um terceiro avião de carga da empresa UPI (United Parcel Service) ocorrido em setembro.
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Pacote-bomba do Iêmen foi desarmado "17 minutos antes da explosão"
Países reveem segurança aérea; Reino Unido suspende voos de carga também da Somália
Pacote suspeito em avião de carga coloca EUA e Reino Unido em alerta
Os pacotes foram interceptados na sexta-feira (29) no Reino Unido e nos Emirados Árabes Unidos, e tinham como destino sinagogas em Chicago. Não se sabe ainda se a intenção era explodir os aviões antes de chegarem a seus destinos.
As informações foram divulgadas pelo grupo de vigilância de sites islâmicos SITE nesta sexta-feira. De acordo com o SITE, a rede postou uma mensagem em fóruns na internet sobre a "jihad" e fez um apelo pelo envio de mais pacotes-bomba para "aumentar o círculo dos envios e incluir aeronaves civis do Ocidente, além de mais aviões de carga".

AP
Bombas detectadas em aviões da FedEx e da UPS foram transportadas do Iêmen em dois voos de passageiros
Bombas detectadas em aviões da FedEx e da UPS foram transportadas do Iêmen em dois voos de passageiros
Os pacotes suspeitos foram encontrados no Reino Unido e nos Emirados Árabes Unidos, após uma informação ter levado autoridades a inspecionar aviões de carga nos dois lados do Atlântico. Um dos objetos foi achado em uma aeronave de carga da empresa UPI no aeroporto de East Midlands, cerca de 260 km a norte de Londres. O pacote, contendo um cartucho de tinta de impressora modificado, foi enviado do Iêmen para Chicago, nos EUA, em voo com escala no Reino Unido.
O outro foi descoberto em uma instalação da FedEx Corp em Dubai. O pacote de Dubai foi levado para exames de laboratório para tentar determinar sua natureza, informa um comunicado da autoridade de aviação civil do país, segundo a agência de notícias estatal.
A Qatar Airways confirmou que o pacote de Dubai foi transportado em um de seus voos de passageiros partindo da capital iemenita, Sanaa, com escala em Doha.
Regras de segurança mais rígidas para o transporte internacional de cargas aéreas poderiam prejudicar o comércio e a economia mundial.
Os EUA ampliaram sua assistência a treinamento, inteligência e serviço militar no Iêmem após um plano frustrado para explodir um avião de passageiros americano no dia do Natal em 2009. O braço da Al Qaeda no Iêmen assumiu a responsabilidade pelo plano.
Uma fonte do governo americano havia dito anteriormente que a Al Qaeda na península árabe estava no "topo da lista" dos supostos responsáveis pelo envio dos pacotes.
SEGURANÇA
O envio dos pacotes forçou governos, empresas aéreas e autoridades de aviação ao redor do mundo a rever suas regras de segurança.
O governo britânico anunciou na segunda-feira (1º) a suspensão de voos de carga provenientes da Somália, por causa de "possíveis contatos entre a Al Qaeda no Iêmen e grupos terroristas na Somália".
O Reino Unido também proibiu a importação de grandes cartuchos para impressoras na bagagem de mão por pelo menos um mês, além de seu envio por transporte de cargas de e para o país, a menos que se use um transportador credenciado pelo governo.
O Reino Unido e a França já anunciaram a suspensão de todos os voos de carga vindos do Iêmen. Voos diretos de passageiros do Iêmen para o Reino Unido já estavam suspensos. A Alemanha suspendeu voos de carga e passageiros partindo de solo iemenita. Empresas aéreas de transporte de carga também suspenderam operações no país.
As autoridades do Iêmen decretaram, também na última segunda-feira a aplicação de medidas "excepcionais" de registro de todas as cargas que saem do país.
Os EUA enviaram uma equipe de investigadores ao Iêmen para ajudar nas buscas pelos suspeitos e para treinar os funcionários do aeroporto de Sanaa a inspecionar as cargas.
PLANO FRUSTRADO
Efe
Fayfi revelou à Arábia Saudita os códigos de rastreamento dos pacotes que continham bombas enviadas aos EUA
Fayfi revelou à Arábia Saudita os códigos de rastreamento dos pacotes que continham bombas enviadas aos EUA
No início da semana, autoridades do Iêmen revelaram que o último plano só foi frustrado graças às informações vazadas por um ex-membro da Al Qaeda. Jabir al Fayfi, um militante saudita que tinha ingressado na Al Qaeda no Iêmen, se entregou à Arábia Saudita no mês passado e revelou os planos da organização
Uma autoridade americana disse que o fabricante de bombas saudita Ibrahim Hassan al Asiri, que se suspeita trabalhar para o braço da Al Qaeda no Iêmen, é um suspeito-chave.
O premiê britânico, David Cameron, disse no sábado (30) que a bomba encontado no Reino Unido foi planejada para explodir uma aeronave no ar.
A bomba estava escondida em uma impressora da HP e continha 400 gramas de explosivos; já a bomba encontrada em Dubai continha 300 gramas, disse uma fonte do governo alemão em anonimato nesta segunda-feira. O mecanismo de detonação era bastante sofisticado, disse ele. A bomba da tentativa de ataque frustrado no Natal tinha 80 gramas de PETN.
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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Unasul quer que Obama esclareça presença de tropas americanas ...

28/08/2009 - 16h05

Unasul quer que Obama esclareça presença de tropas americanas na Colômbia

Em Bariloche (Argentina)
 
Os chefes de Estado da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), reunidos nesta sexta-feira em Bariloche, pediram que o presidente Barack Obama esclareça seu acordo militar com a Colômbia que implica a presença de tropas dos Estados Unidos em território sul-americano.

Lula está correto em questionar bases militares
dos EUA na Colômbia?



Brasil, Argentina, Equador e Peru foram as nações que pediram com mais ênfase explicações sobre os alcances desse acordo, e o presidente Luiz Inacio Lula da Silva chegou a requisitar polidamente a seu colega colombiano, Alvaro Uribe, garantias de que as operações ficarão limitadas a seu território.

"Respeitamos a soberania de cada país. Mas queremos nos resguardar, seria importante que no tratado existam garantias jurídicas ou um foro internacional em relação a isso", afirmou Lula em sua intervenção no encontro realizado no Hotel Llao Llao.

"A existência dessas garantias", afirmou o presidente brasileiro, "implicaria a presença de instrumentos que nos assegurem que a presença militar dos Estados Unidos é algo específico ao territorio colombiano. Porque o acordo não proíbe isso. E o que não proíbe algo, o permite".

A Colômbia, por sua vez, reafirmou que o uso de tropas estrangeiras é um ato soberano.

Já Rafael Correa, presidente do Equador e presidente pro tempore da Unasul, apresentou uma moção para pedir explicações a Obama e ao Pentágono em uma próxima cúpula.

Lula recordou que já falou com o presidente Obama sobre esta questão e explicou a ele o nível de sensibilidade que existe em torno do acordo com a Colômbia e sua repercussão na região.

"Disse ao presidente Obama que era importante que possamos discutir estas questões, talvez de forma paralela à Assembleia da ONU. Mas há problemas de agenda. Eu creio que devemos ter uma boa discussão com o presidente Obama sobre o papel dos Estados Unidos na região", enfatizou.

Obama descartou um convite de Lula para assistir o encontro ao assinalar que conversará com ele na próxima cúpula do G20 em Pittsburg, mas a Casa Branca enviou na última semana um enviado para transmitir mensagens tranquilizadoras ao Brasil, Argentina e Uruguai.

O encontro a portas abertas durou mais de cinco horas, durante as quais o Equador, a Venezuela e a Bolívia mantiveram sua postura mais radical, de total recusa à presença militar americana.

Mas os governos mais moderados, como Chile, Paraguai e Peru também deixaram claro que é preciso uma transparência nos assuntos de segurança, num momento em que a Colômbia abre sete de suas bases a tropas americanas, quando o gasto da defesa regional superou os 50 bilhões de dólares anuais.

"Acho que é uma boa oportunidade de colocar as cartas na mesa e dizer do que se trata este acordo com os Estados Unidos, de que bases ou apoio estamos falando, que presença é essa", afirmou o presidente peruano Alan García.

Uribe esteve naturalmente no olho do furacão e, em uma de suas inúmeras intervenções, disse que o "acesso dos Estados Unidos para ajudar a Colômbia na luta contra o narcoterrorismo se faz sem renunciar à soberania nem um milímetro de seu território".

Um primeiro indício de consenso foi demonstrado na abertura da sessão de trabalho, quando a presidente anfitriã, a argentina Cristina Kirchner, pediu que se fixe uma doutrina comum frente à instalação de bases de um país alheio à região.

Já o presidente venezuelano Hugo Chávez insistiu em sua retórica já conhecida e denunciou que o uso de bases militares na Colômbia faz parte de uma estratégia global de guerra idealizada pelos Estados Unidos.

"A estratégia global de dominação dos Estados Unidos é a razão pela qual estão instalando essas bases na Colômbia", disse Chávez.

Mas Chávez defendeu a proposta de seu colega brasileiro de que a cúpula deveria ter sido realizada na presença de Obama.

A onda de preocupação também foi acompanhada por estatísticas sobre gastos militares na região, em que o Brasil está comprando da França submarinos - um deles nuclear - e renova seus caças, enquanto que a Colômbia recebe a maior ajuda militar dos Estados Unidos depois de Israel e Egito.

A Bolívia, apesar de estar mergulhada na pobreza, investe 100 milhões de dólares em sua segurança e a Venezuela gastou 4,4 bilhões de dólares em aviões, helicópteros e fuzis. 
 
http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2009/08/28/ult34u225374.jhtm

Pacotes-bomba são enviados a cinco embaixadas na Grécia

02/11/2010 - 15h09 / Atualizada 02/11/2010 - 15h21

Pacotes-bomba são enviados a cinco embaixadas na Grécia nesta terça-feira

Do UOL Notícias*
Em São Paulo 

Polícia antiterrorista algema um suspeito de ter colocado pacotes com explosivos em ao menos cinco embaixadas em Atenas
A polícia da Grécia encontrou nesta terça-feira (2) cinco pacotes-bomba enviados às embaixadas do Chile, Suíça, Bulgária, Rússia e Alemanha, um dia depois de descobertos quatro artefatos semelhantes endereçados ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a três outras representações diplomáticas (México, Holanda e Bélgica).

A primeira explosão aconteceu no jardim da embaixada suíça. Horas depois, uma bomba explodiu na embaixada russa antes da chegada da polícia. Ninguém ficou ferido. Os outros três pacotes foram neutralizados por especialistas da polícia grega, chamados pelas próprias embaixadas ou pelas transportadoras que fizeram a entrega.

Tensão
Os incidentes ocorrem dentro de um contexto social tenso na Grécia, a poucos dias de um pleito decisivo para o governo socialista, que está aplicando um impopular programa de austeridade para reduzir o elevado déficit do país.

Uma fonte policial informou que um homem foi preso nesta terça-feira, mas não se sabe mais detalhes sobre a prisão. Ontem dois jovens gregos foram presos, um dos quais era procurado por atividades extremistas anarquistas, acusados de ter tentado enviar pacotes bomba para o presidente francês e para as embaixadas de Bélgica, Holanda e México na segunda-feira.

As embaixadas haviam sido alertadas ontem, e orientadas a se manterem atentas com as entregas pelos correios, disse à agência AFP uma fonte diplomática grega.
Pacote suspeito na chancelaria alemã
Um pacote suspeito foi interceptado nesta terça-feira nas instalações da chanceler alemã Angela Merkel. O pacote chegou pelo correio, mas Merkel se encontra em visita oficial na Bélgica.

Segundo o porta-voz do governo, Steffen Seibert, o pacote era uma pequena bomba e foi desativado. Segundo a imprensa, os especialistas em bomba desarmaram o pacote com a ajuda de um canhão de água. O pacote teria sido expedido do ministério grego da Economia, em Atenas.

*Com informações das agências oficiais