terça-feira, 28 de julho de 2009

Libertação da Palestina

Frente Popular para a Libertação da Palestina
A Frente Popular para a Libertação da Palestina (em árabe الجبهة الشعبية لتحرير فلسطين - al-jabhah al-sha`biyyah li-tahrīr filastīn; em inglês: Popular Front for the Liberation of Palestine, PFLP) é uma organização política e militar palestiniana de orientação marxista-leninista fundada em 1967. Outrora uma importante organização, a Frente Popular para a Libertação da Palestina perdeu importância nos anos 90, tendo ressurgido durante a Segunda Intifada, iniciada em Setembro de 2000. O actual líder da organização é Ahmed Jibril. A União Europeia e os Estados Unidos classificam a organização de terrorista,
Formação e primeiras acções

A organização foi fundada a 11 de Dezembro de 1967 por George Habash, um médico palestiniano oriundo de uma família de cristãos ortodoxos. A organização surgiu no contexto que se seguiu à Guerra dos Seis Dias, que levaria à invasão israelita da Cisjordânia, tendo sido criada como uma organização de resistência. A nível ideológico combinava elementos do marxismo-leninismo e do nacionalismo árabe. O seu objectivo era a destruição do estado de Israel, que considerava como uma presença imperial do Ocidente no Médio Oriente. Opunha-se igualmente às monarquias conservadoras árabes do Médio Oriente. A sua primeira acção ocorreu a 22 de Julho 1968, com a captura de um avião da companhia área israelita El Al que fazia um viagem de Roma para Tel Aviv. No mesmo ano a organização uniu-se à Organização para a Libertação da Palestina (OLP), principal organização do movimento nacionalista palestiniano, liderada por Yasser Arafat, que na época admitia o uso da violência para alcançar objectivos políticos. A FPLP tornou-se a segunda maior facção da OLP, após a Fatah de Arafat. Em 1970 a organização desviou três aviões com passageiros, que levou para a Jordânia, onde a OLP se encontrava instalada. Após retirarem todos os passageiros dos aviões, os membros do grupo explodiram-nos. Em resposta a este acto, o então rei da Jordânia, Hussein, ordenou a expulsão da OLP do seu país. O acto mais mediático do grupo ocorreu no dia 27 de Junho de 1972. Membros do grupo procederam ao desvio de um vôo da Air France que viajava de Tel Aviv para Paris como uma escala em Atenas e fizeram mais de cem reféns. O avião foi levado para Entebbe, no Uganda. O grupo solicitava a libertação de cinquenta a três militantes detidos em Israel e em outros quatro países. A 4 de Julho um comando do serviço secreto israelense, especializado na luta anti-terrorista, conseguiu a libertação dos passageiros. Numa operação que durou menos de uma hora, vinte soldados de Uganda e todos os terroristas foram mortos

Grupos dissidentes

As primeiras cisões no grupo ocorreram em 1968 quando Ahmed Jibril separou-se do grupo para formar a Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral.

Em 1969 nasceria a Frente Democrática para a Libertação da Palestina, liderada por Nayef Hawatmeh.

Declínio

A decadência da União Soviética no final da década de 80 teria consequências negativas para a organização, já que representou a perda de um importante apoio. Ao mesmo tempo, a ascensão do Hamas faria com que o grupo perdesse adeptos e simpatizantes nos Territórios Ocupados.

Em 1993 grupo opôs-se aos Acordos de Oslo assinados entre a OLP e Israel, tendo boicotado as eleições para a Autoridade Nacional Palestiniana organizadas em 1996. Contudo, o grupo aceitou a formação do governo palestiniano, no qual procurou integrar-se.

Em 2000 Abu Ali Mustafa substituiu George Habash como líder do grupo. Mustafa seria assassinado por Israel num ataque ao seu escritório em Ramallah a 27 de Agosto de 2001. Ahmed Sadat passaria a ser o novo líder, mas dado que este foi detido pela Autoridade Palestiniana, sob pressão de Israel e dos Estados Unidos por alegado envolvimento no assassinato de um ministro israelita o grupo passaria a ser liderado por Ahmed Jibril, antigo líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral.

A Segunda Intifada

A primeira acção cometida pelo grupo após o começo da Segunda Intifada (ou Intifada de Al-Aqsa) foi a morte de um civil israelita, Meir Lixenberg, morto enquanto viajava de carro pela Cisjordânia. Segundo a organização o acto foi realizado em retaliação pelo assassinato de Abu Ali Mustafa.

A 17 de Outubro de 2001, membros do grupo assassinaram a tiro o ministro do turismo de Israel, Rehavam Zeevi, num hotel de Jerusalém, alegando novamente que a morte foi uma forma de retaliação pela morte de palestinianos.

A organização reivindicou também um ataque suicida numa pizzaria em Karnei Shomron a 16 de Fevereiro de 2002, acto do qual resultou a morte de três civis israelitas, bem como um atentado suicida num mercado de Netanya a 19 de Maio de 2002, que provocou também três mortes de civis israelitas [4].

Em 2006 a organização participou nas eleições legislativas palestinianas como "Lista Abu Ali Mustafa", tendo alcançado 4,2% dos votos, o que se traduziu em três lugares no Conselho Legislativo Palestiniano. A sua melhor votação foi alcançada em Belém (9,4%).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Frente_Popular_para_a_Liberta%C3%A7%C3%A3o_da_Palestina

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