terça-feira, 28 de julho de 2009

FARC (ESTRUTURA E COMANDO)

Estrutura

A cadeia de comando das FARC está dividida da seguinte forma:

1. Estado-Maior Central, mais conhecido como o secretariado, é o órgão superior de direcção e de comando das FARC-EP. Os seus acordos, despachos e decisões imperam sobre toda a organização e os seus membros. O secretariado é quem nomeia os líderes de cada bloco, e restringe as áreas que cada bloco deve abranger.
2. Bloco: grande unidade estratégica de gestão e controle do território. A Colômbia esta dividida em 7 blocos. Cada bloco é composto por cinco ou mais frentes.
3. Frente: consiste entre 50 a 500 homens e controlam uma determinada zona do país.
4. Coluna: é uma larga frente.
5. Companhia: geralmente cerca de 50 homens, permanecem sempre juntos e são responsáveis pelas emboscadas e ataques surpresa contra forças governamentais.
6. Guerrilha: consiste de dois pelotões.
7. Pelotão: a unidade básica, composta por 12 combatentes.

Estado-Maior Central

O Estado-Maior Central é composto por nove figuras ideológicas e militares das FARC-EP. Há especulações de que algumas delas se encontram escondidos em território equatoriano ou venezuelano, o que tem levado a um aumento das operações militares próximas às fronteiras destes países. Outras especulações apontam para as áreas remotas do sudeste da Colômbia. Em março de 2006 o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América ofereceu cinco milhões de dólares para quem fornecer informações que conduzam à captura de uma das 47 figuras principais das FARC, incluindo os membros do Secretariado.
Relação com as drogas

O uso de alguma droga representa um grave crime na organização, sendo severamente punida pelos guerrilheiros.

[editar] Seqüestros

Pesquisas de opinião pública indicam que as FARC possuem 93% de rejeição[44] na Colômbia. O motivo de tal antipatia, supõe-se, é devido ao fato de as FARC terem seqüestrado seis mil pessoas nos últimos dez anos[44], mantendo-os em condições sub-humanas. No final de 2007 o grupo tinha perto de oitocentos reféns em cativeiro[45].

[editar] Soldados adolescentes

As FARC são acusadas de recrutar adolescentes como soldados. A Human Rights Watch estima que as FARC possuem uma parte dos combatentes menores de idade na Colômbia. Estima-se que entre 10 a 20 por cento dos combatentes da FARC têm menos de 21 anos, num total de aproximadamente 3500 combatentes adolescentes[15]. As FARC recrutam boa parte de seus novos membros entre garotos de 10 a 14 anos de idade. Após se embrenharem na selva, os jovens são isolados do mundo exterior, da família e perdem o próprio nome, substituído por um "nome de guerra".

[editar] As FARC e o governo de Álvaro Uribe

Parte considerável dos colombianos temem as Farc, muitos destes por considerá-las como grupo terrorista. Esse fato proporciona alta popularidade ao atual presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. Desde o primeiro dia na presidência da Colômbia, Uribe investiu com firmeza – e tropas especiais treinadas com a ajuda dos Estados Unidos – na tarefa de recuperar o controle de seu país não apenas dos comunistas, mas também dos narcotraficantes e das milícias paramilitares de direita.

Quando assumiu o cargo, em 2002, estimava-se que a guerrilha comunista circulasse à vontade ou tivesse o controle efetivo de 40% do território colombiano. Essa área era basicamente de florestas e montanhas de difícil acesso. Seu governo empurrou os terroristas aos grotões e conseguiu diminuir o número de seqüestros aumentando o contingente policial e criando unidades especializadas em combater especificamente esse tipo de crime.

Com isso os índices de criminalidade colombianos atingiram em 2005 os níveis mais baixos em 20 anos.

Álvaro Uribe tem atualmente (agosto de 2008) uma popularidade de 91%. [46]

Há nele uma motivação pessoal nesta luta: seu pai foi assassinado pelas Farc em 1983.[47].

Enquanto isso, as FARC têm baixíssima popularidade. Segundo o Gallup, sua rejeição é de 93% e seu apoio é de 1%. [44]. Protestos mundiais para a libertação dos reféns reuniram mais de quatro milhões de pessoas (número estimado) e o próprio irmão do atual líder das FARC apelou para que os reféns fossem libertados.[48]

[editar] Raúl Reyes

Raúl Reyes, considerado o segundo membro mais importante da FARC[49], foi morto em 1 de março de 2008 por um ataque das forças armadas da Colômbia[50].

Era considerado o líder mais moderado na organização [51] e interlocutor da guerrilha com os Governos francês e equatoriano para a libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt, refém das FARC desde 2002. Para alguns analistas e oposicionistas colombianos, entre eles o marido de Ingrid Betancourt, o assassinato de Reyes demonstrou o pouco interesse do Governo em viabilizar a libertação da ex-senadora, hoje a única política de oposição à Uribe que teria viabilidade eleitoral contra um terceiro mandato consecutivo de Uribe[52]. Tal hipótese se mostrou fantasiosa quando o próprio governo, através das Forças Armadas, logrou a libertação de Ingrid Betancourt e mais 14 reféns em 2 de julho de 2008, numa operação que foi classificada por Betancourt como "perfeita".[53]


A morte de Reyes aconteceu em território equatoriano e esta ação desencadeou uma crise diplomática entre a Colômbia, o Equador e a Venezuela.

Iván Ríos

Iván Ríos, cujo verdadeiro nome era Manuel Jesús Muñoz Ortiz, o mais jovem dos integrantes do Secretariado das FARC-EP foi morto por seus próprios soldados em 5 de março de 2008 na zona rural de Albânia, no departamento de Caldas, localizado no Noroeste do país[54].

Os rebeldes desertores apresentaram ao Exército uma mão decepada do líder guerrilheiro, além de sua identidade, passaporte e computador pessoal.

Operação Traíra

Em 1991 um grupo de 40 militantes das FARC invadiu o Brasil e atacou de surpresa um destacamento militar brasileiro às margens do rio Traíra. Nesse ataque morreram três militares brasileiros e 17 ficaram feridos; várias armas, munições e equipamentos foram roubadas[55].

Dias depois o exército brasileiro deflagrou a Operação Traíra com a finalidade de afastar os atacantes.
http://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7as_Armadas_Revolucion%C3%A1rias_da_Col%C3%B4mbia

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