domingo, 4 de outubro de 2009

Contra a guerra(3)





07/04/03
"Fogo amigo" deixa 18 mortos no norte do Iraque, dizem curdos
06/04/2003 - 13h08
da Folha Online

Um aparente ataque de "fogo amigo" deixou hoje 18 curdos mortos e 45 feridos no norte do Iraque, afirmou Hoshyar Zebari, porta-voz do Partido Democrático do Curdistão (PDK).

Um avião dos EUA bombardeou um comboio formado por tropas americanas e combatentes curdos quando o grupo se aproximava de uma área recentemente capturada de forças iraquianas, perto da cidade de Kalak.

"Os últimos números que tenho para vocês é que, do lado dos 'peshmerga' [combatentes curdos], 18 pessoas foram mortas e 45 feridas", disse Zebari.

O comandante curdo Wajih Barzani, 33, irmão de Massoud Barzani, chefe do PDK, ficou gravemente ferido no ataque, declarou Zebari.

Autoridades militares dos EUA disseram que estariam investigando o incidente, que ocorreu a 48 km a sudeste da cidade de Mossul (norte do Iraque).

"Autoridades do Comando Central [dos EUA] estão investigando informes de que um avião da coalizão [anglo-americana] pode ter atingido forças terrestres de operações especiais e aliados curdos", afirmou um comunicado do quartel-general militar dos EUA no Qatar.

O jornalista da BBC John Simpson disse que acompanhava o comboio de pelo menos oito veículos quando ocorreu o bombardeio.

Zebari disse que sua lista de mortos incluía um tradutor curdo que trabalhava para a equipe da BBC.

"Esta é uma cena do inferno aqui. Os veículos estão em chamas, há corpos queimando, corpos jogados e pedaços de corpos no chão", disse Simpson, que ficou levemente ferido na explosão.

Incidentes

Na última quinta-feira (3), um soldado norte-americano morreu na região central do Iraque, vítima de disparos de compatriotas que o confundiram com um militar iraquiano.

Também na quinta-feira, o Comando Central dos EUA informou que estavam investigando outros dois casos de possível "fogo amigo".

Um avião F/A-18 foi derrubado na quarta-feira (2), e suspeita-se que o responsável tenha sido um míssil americano do tipo Patriot. E um caça F-15E pode ter atacado um grupo de soldados americanos, com saldo de um morto e um número indeterminado de feridos.

No dia 29 de março, um soldado britânico foi morto e outros quatro ficaram feridos pelo que poderiam ser "disparos amigos" das forças da coalizão perto de Basra (sul do Iraque).

Dezenas de fuzileiros navais norte-americanos foram feridos, no dia 27 do mês passado, por "fogo amigo" da coalizão liderada pelos Estados Unidos perto de Nassiriah (centro-sul do Iraque). Trinta e sete soldados teriam ficado feridos, três deles em estado crítico e dois em estado grave.

No dia 24 de março, dois soldados britânicos também foram mortos por "fogo amigo" perto de Basra, no sul do país. Eles foram atingidos durante uma troca de tiros acidental entre dois tanques britânicos Challenger.

Uma aeronave militar britânica foi derrubada, no último dia 22, perto da fronteira com o Kuait por um míssil Patriot dos EUA. Os dois pilotos britânicos morreram.

No mesmo dia, um soldado da 101ª Divisão atacou seu próprio acampamento no Kuait, matando dois soldados e ferindo 14.

06/04/03

Nove crianças mortas em bombardeamentos em Bassorá

FONTE: www.rtp.pt (RTP - TV Portuguesa)

Dezessete civis iraquianos, nove dos quais crianças, foram mortos hoje (05-04-2003) num bombardeamento das forças da coligação norte- americano-britânica contra Bassorá, sul do Iraque, referiu a cadeia de televisão por satélite do Qatar Al-Jazira.

Segundo o correspondente da televisão, os funerais colectivos destes civis, 15 dos quais pertenciam a uma mesma família, realizaram-se esta tarde em Bassorá.

As bombas utilizadas neste ataque atingiram oito casas, provocando a morte dos civis, referiu o jornalista.

A coligação norte-americano-britânica anunciou hoje ter bombardeado a residência em Bassorá do primo e colaborador chegado do presidente iraquiano Saddam Hussein, Ali Hassan Al-Majid, conhecido como "Ali, o Químico" pelos métodos que utilizou contra os curdos em 1988.

Bassorá está sitiada por tropas britânicas há perto de duas semanas, que hoje lançaram várias incursões à localidade, sem contudo conseguirem atingir o centro da segunda cidade do Iraque.
06/04/03
Foto do dia:
"Lá é como cá..."
"Sem se preocupar com o avanço das tropas americanas a Bagdá, soldados iraquianos disputam uma partida de futebol"

FONTE: www.oglobo.com.br / Reuters
06/04/03

Frase do dia:

(Enviada através de e-mail por "Hupper")
"Bombardear pela paz é como trepar pela virgindade".

( FONTE: José Simão, hoje no Folha de São Paulo )
06/04/03

Confronto na periferia

Fonte: Jornal Nacional (Rede Globo) - 05/04/03

Tropas americanas entraram em confronto com a guarda republicana iraquiana na periferia de Bagdá. Foi a primeira vez que soldados da coalizão entraram em bairros residenciais. O centro de Bagdá continua sob controle das forças de Saddam.

Qual é a verdadeira Bagdá? A citiada pelas tropas americanas, com quartéis da guarda republicana, sob o fogo dos tanques ou a que está à beira da normalidade, em que a população sai às ruas, lê os jornais e tenta levar a vida?

A guerra de informação que se vê desde o começo do conflito é agora também uma guerra de imagens. As redes de televisão do ocidente mostram as forças americanas em um bairro residencial da capital iraquiana.

Apesar das ruas desertas, o cenário urbano não deixa dúvidas: os americanos chegaram a Bagdá. Os soldados não ocuparam nenhuma nova posição. A incursão americana visou mais testar as forças iraquianas e, de certa maneira, desmoralizar o regime.

Tudo aconteceu entre 5h e 8h da manhã. Um coronel americano disse que só perdeu um homem na luta, mas que cerca de mil iraquianos morreram - não se sabe como ele chegou a este número.
Não foi um ataque ao coração da cidade, como o anunciado pelo comando militar no Catar. Foi no máximo à altura dos joelhos.

No centro da cidade, de onde o ministro de Informação do Iraque concedeu entrevista ao vivo, no começo da tarde, tinha-se uma perspectiva diferente. Ele disse que os americanos mentem, e divulgam imagens falsas, que estariam ainda há 35 quilômetros de Bagdá. Mas antes, ele disse que o inimigo tinha sido derrotado, e que o aeroporto era um cemitério para os invasores.

Mesmo com as tropas da coalizão ainda distantes do centro da cidade, a presença delas já se faz perceber nos hospitais. De cada três feridos que chegam aos setores de emergência, dois foram atingidos na batalha pelo controle do aeroporto, e um é civil.

A Cruz Vermelha Internacional diz que, a cada hora, cem novos feridos dão entrada nos hospitais, muitos estão sem água e sem luz. É por isso que muita gente entra nos hospitais de maca. E este é um cenário que só deve piorar.

O ministro da Informação iraquiano voltou a conclamar a população a resistir. Ele estava lendo uma mensagem de Saddam Husseim e encontrou eco nas milícias paramilitares. Fiéis a Saddam, os milicianos preparam a defesa da cidade cavando trincheiras e erguendo barricadas.

Soldados iraquianos apresentam um pequeno troféu de guerra: a jaqueta que seria de um militar americano capturado no combate do aeroporto. "Nós o pegamos, ele está na prisão", diz um iraquiano.

Na guerra de propaganda, as imagens da TV são cruciais. E para as tropas americanas provarem que estão conquistando Bagdá e evitar o disse-me-disse, elas vão ter que mostrar lugares reconhecíveis da capital do Iraque. Assim, até o ministro da informação vai ter que se curvar com a força dos fatos.

06/04/03

Incursão americana em Bagdá deixa rastro de morte e pânico

FONTE: www.oglobo.com.br

BAGDÁ - A primeira incursão de tropas americanas na capital do Iraque, uma operação que envolveu cerca de 50 tanques e blindados da 3ª Divisão de Infantaria do Exército, deixou um rastro de morte e pânico.

Centenas, talvez milhares de combatentes iraquianos tenham morrido, enquanto enfrentavam a passagem do comboio por algumas das principais avenidas da capital, na manhã deste sábado. Milhares de pessoas estão deixando Bagdá, temendo os efeitos da invasão iminente - de que os combates deste sábado teriam sido apenas uma mostra.

Relatos iniciais davam conta de que os enfrentamentos durante a incursão haviam sido esporádicos, mas militares que chegaram ao aeroporto internacional após cruzar a cidade na operação dão conta de combates ininterruptos e sangrentos.

"Foram três horas de caos organizado", disse o tenente-coronel Eric Schwartz, ao jornal "The New York Times".

A missão está sendo oficialmente explicada como uma mostra de força, um desafio ao regime iraquiano. Do lado iraquiano, porém, a incursão pode facilmente ter sido confundida com o início da batalha final por Bagdá. "Não estamos prontos para ocupar a cidade. Não queremos ocupá-la", disse o comandante da 3ª Divisão, general Buford C. Blount, ao "New York Times".

- É uma mensagem clara sobre a capacidade das forças da coalizão de se mover no momento e para onde escolherem - disse, em entrevista coletiva, o general da Força Aérea dos EUA, Victor Renuart, do Comando Central, no Qatar.

Apesar da intenção psicológica, o efeito, porém, teria sido bastante concreto para cerca milhares de pessoas. Segundo o "New York Times", 600 a 1.500 atiradores iraquianos enfrentaram as tropas. A CNN relata ataques a um quartel da Guarda Republicana. O número de combatentes mortos, segundo o comandante da 2ª Brigada da 3ª Divisão de Infantaria (que realizou a incursão), David Perkins, mil pessoas morreram. Horas depois, oficiais do Comando Central em Doha falaram e 2 mil a 3 mil mortos, sem explicar a variação.

O Iraque nega até que a operação tenha existido. Mas testemunhas e repórteres que acompanham as tropas relataram que a coluna entrou pelo sudeste da capital, no amanhecer, alcançou o Rio Tigre e fez uma curva à esquerda, saindo da cidade e estacionando no aeroporto internacional.

Praticamente não houve pausa durante o percurso, que os iraquianos tentaram frear com metralhadoras, granadas e segundo militares americanos, carros cheios de explosivos.

Soldados americanos reconheceram que era difícil distinguir civis de militares. Os soldados contam que os combatentes iraquianos atiravam das ruas, passarelas e até de árvores. Muitos misturavam-se a civis, que corriam ou acenavam com panos brancos.

O comandante de um tanque morreu, atingido por uma granada ou um morteiro. Um outro tanque foi destruído, mas os soldados que estavam nele foram resgatados.

06/04/03

Veja a charge "Libertando um iraquiano", retirada do site: www.charges.com.br

ATENÇÃO: Para visualizar a charge, clique com o botão direito do seu mouse sobre a figura acima e clique então em "salvar destino como". Salve o arquivo no seu computador e execute-o quando quiser.

02/04/03

Frase do dia:

"A esperança é própria dos poetas, das crianças e dos loucos"

02/04/03

Civis na linha de fogo
Fonte www.oglobo.com.br

BAGDÁ

O governo iraquiano declarou que civis foram as principais vítimas dos ataques das forças anglo-americanas lançados ontem, 13 dia da guerra. Com isso, intensificou a revolta em populações árabes e tornou mais difícil para os Estados Unidos o apoio à guerra no mundo. Segundo o ministro da Informação do Iraque, Mohammed Saeed al-Sahaf, mais de 50 inocentes morreram e 125 ficaram feridos em incidentes diversos. Famílias inteiras que fugiam da guerra foram massacradas. O fato mais dramático narrado pelo ministro foi a morte de nove crianças — entre elas um bebê — em bombardeios sobre a cidade de Hilla, cem quilômetros ao sul de Bagdá.

Al-Sahaf e o hospital de Hilla informaram que 33 civis morreram e 310 ficaram feridos no ataque. Os EUA lançaram bombas de fragmentação, que causam enormes estragos.

— Há dezenas de corpos despedaçados, membros amputados, 450 feridos, um verdadeiro horror — disse Roland Huguenin-Benjamin, porta-voz do Comitê Internacional de Cruz Vermelha, reproduzindo relatos de quatro membros de sua equipe enviados a Hilla.

Quinze membros de uma família morreram quando um foguete disparado de um helicóptero Apache atingiu a camionete em que viajavam, contou o único sobrevivente, Razek al-Kazem. Mostrando caixões, ele disse ter perdido a mulher, seis filhos, os pais, três irmãos e três cunhadas. (FOTOS)

Karem Mohammed chora a perda de 15 membros da família depois dos ataques americanos em Hilla



O Comando Central americano disse que não comentaria a morte de civis na região. Sem citar o incidente, a Casa Branca afirmou que o presidente George W. Bush lamenta a morte de civis, mas culpa o presidente Saddam Hussein pelas tragédias. O porta-voz Ari Fleischer declarou:

— O presidente sempre lamenta qualquer perda de vida inocente. E reconhece que muitos inocentes têm morrido nessa guerra nas mãos de Saddam Hussein e seus seguidores. É a eles que se deve culpar pela perda de vidas inocentes.

Ativistas europeus e americanos que seguiam de Amã para Bagdá para servir de escudos humanos também teriam sido alvos de ataque das forças invasoras. O ministro iraquiano disse que segunda-feira um caça americano atacou dois ônibus em que eles viajavam e que vários ficaram feridos. Grupos de ativistas não confirmar, entretanto, o incidente.

Segundo al-Sahaf, 645 civis já morreram na guerra e mais de quatro mil ficaram feridos. O grande número de mortes de inocentes torna mais difícil para Washington convencer iraquianos de que pretendem libertá-los e protegê-los. Em países árabes, o ódio aos EUA já aumentara segunda-feira, depois que soldados americanos abriram fogo contra uma camionete em que viajavam 13 civis, matando dez deles — dos quais, cinco crianças pequenas.

— Foi um ato deliberado de sangue frio para vingar o 11 de Setembro. Espero que Bush, (Tony) Blair (premier britânico) e suas famílias estejam satisfeitos — disse Hamza Abdulrahman, empregado doméstico em Omã.

— Todo os dias os jornais publicam fotos de crianças iraquianas feridas e mortas. Isso me deixa furioso — afirmou Sameh Nabil, vendedor de livros no Cairo.

Analistas disseram que o temor de atentados suicidas nas tropas invasoras e o fato de estas já estarem controlando muitas estradas no Iraque fazem aumentar o risco de disparos contra inocentes. Saddam prometeu usar homens-bombas contra as tropas anglo-americanas depois de um deles explodir sábado passado, matando quatro soldados americanos. Isto espalhou nervosismo nas tropas americanas e britânicas, que já reclamavam de milicianos se fazerem passar por civis. O general Vincent Brooks, porta-voz do Comando Central dos EUA, afirmou que soldados estão tentando manter distância de veículos ou pedestres detidos.

Ontem, fuzileiros navais americanos mataram a tiros um motorista e feriram seu passageiro num posto de controle numa estrada perto de Shatra, ao sul de Bagdá. Eles teriam se recusado a parar, mas nenhum dos dois estava armado.

— Pensei que fosse um terrorista suicida — disse um fuzileiro naval.

No Kuwait, soldados americanos feriram um motorista que passava em alta velocidade por um posto de segurança em direção a uma base militar perto da fronteira com o Iraque. O governo kuwaitiano informou que a vítima é um capitão do Exército que estava com pressa de chegar ao trabalho.

02/04/03

Charge

01/04/03

Bombas dos EUA matam ao menos 11 civis em Hilla
14h59 - 01/04/2003 UOL NOTÍCIAS

HILLA, Iraque (Reuters) - Ao menos 11 civis, a maioria crianças, morreram quando bombas norte-americanas atingiram durante a noite um bairro residencial na cidade de Hilla, no centro do Iraque, informaram repórteres da Reuters na terça-feira.

Os repórteres, levados pelas autoridades iraquianas para um hospital em Hilla, cerca de 80 quilômetros ao sul de Bagdá, viram uma caminhonete transportando os mortos.

"O que ele fez de errado, o que ele fez de errado?" indagava o motorista do veículo, enquanto segurava o corpo de uma criança. Os parentes choravam no lado de fora, à medida que os corpos eram transferidos para dentro do hospital.

Um jornalista contou 11 corpos de civis e dois de combatentes iraquianos.

Um funcionário do hospital afirmou que o número de mortos foi de 33 civis, com mais de 300 feridos.

"Deus leve nossa vingança à América", afirmava repetidamente um homem no hospital. Segundo uma equipe médica, toda a família dele havia sido morta.

Moradores disseram que forças norte-americanas atacaram a cidade na segunda-feira, mas foram obrigadas a recuar por pressão de tropas iraquianas regulares e irregulares. Enquanto os norte-americanos saíam, eles abriam fogo contra a cidade, contaram os residentes.

As autoridades iraquianas não levaram os jornalistas ao bairro atingido.

01/04/03

Ônibus com escudos humanos ocidentais foram atacados-Iraque
09h39 - 01/04/2003 UOL notícias

BAGDÁ (Reuters) - Aviões de combate dos Estados Unidos atacaram dois ônibus que transportavam ativistas de defesa da paz norte-americanos e europeus da Jordânia a Bagdá, disse o Iraque na terça-feira.

O ministro da Informação iraquiano, Mohammed Saeed al-Sahaf, afirmou durante uma entrevista coletiva que os feridos estavam sendo tratados em um hospital perto da fronteira jordaniana. Ele não deu detalhes sobre os feridos.

"Ontem, um caça americano atacou dois ônibus com passageiros estrangeiros, entre eles americanos, na estrada entre Amã e Bagdá", disse Sahaf, acrescentando depois que europeus também estariam a bordo.

"Esses eram escudo humanos que estavam vindo para Bagdá...muitos deles ficaram feridos e foram levados a um hospital em Rutba."

Centenas de ativistas ocidentais foram a Bagdá antes do começo da guerra para mostrar seu apoio ao povo iraquiano.

Alguns deles se estabeleceram em estações de energia e de água ao redor da capital iraquiana, em uma tentativa de dissuadir comandantes militares dos EUA de atacar as instalações.

Outros acabaram deixando o país em ônibus que fazem a linha Bagdá-Amã.

01/04/03
Militares britânicos se queixam de americanos
Reuters

FONTE: Folha online

Militares britânicos no Iraque reclamaram da atitude de "caubóis" e da "ignorância" dos soldados americanos nos últimos dias, culpando seus colegas dos EUA por incidentes com "fogo amigo" (mortes causadas por aliados).

O "fogo amigo" já matou o mesmo número de soldados britânicos do que ataques iraquianos: dos 25 britânicos mortos no conflito até ontem, cinco foram mortos por "fogo amigo", cinco por ataques do inimigo e 15 em acidentes. Soldados britânicos que alegam que um avião antitanque americano A-10 atacou seus veículos blindados na última sexta (28) no sul do Iraque, matando um militar, acusaram o piloto de ter sido irresponsável.

"Ele não tinha nenhum respeito pela vida humana", disse Steven Gerrard, comandante de um dos veículos atacados e um dos quatro feridos no incidente. "Acho que ele era um caubói".

"Consigo comandar meu veículo. Consigo evitar que ele seja atacado", afirmou. "O que não fui treinado para fazer é ficar olhando para trás para ver se um americano não está atirando em mim".

O soldado Chris Finney, outro sobrevivente do acidente, disse: "Para ser sincero, acho que eles são só ignorantes".

As primeiras mortes britânicas por "fogo amigo" nesta guerra ocorreram quando um míssil americano Patriot derrubou um avião britânico perto da fronteira iraquiana com o Kuait, matando os dois tripulantes. Dois outros militares do Reino Unido morreram na terça-feira passada quando seu tanque Challenger 2 foi atacado por engano por soldados britânicos em outro tanque.

Ontem, o coronel Chris Vernon, porta-voz do Exército britânico, negou que os incidentes tenham causado "rixas" na coalizão. "Na fricção da guerra, sempre haverá a ocasião inevitável em que isso ocorre", disse. "Se isso, porém, causa uma rixa entre nós se o ataque for de americanos contra britânicos? Não, certamente não."

01/04/03

Por que imagens como essa não violam nenhum tratado internacional?

Menino iraquiano se recupera em hospital de Bagdá;
ele teria se ferido em ataque anglo-americano

FONTE: www.uol.com.br

01/04/03

Americanos abrem fogo contra carro em Najaf e matam dez iraquianos, entre mulheres e crianças

Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo/107135868.htm


NAJAF, Iraque - Soldados americanos abriram fogo na tarde desta segunda-feira (horário local) contra um carro civil que não parou em um posto de vigilância na cidade de Najaf, no sul do Iraque, a cerca de 160 quilômetros de Bagdá. Segundo o jornal "Washington Post", dez iraquianos, cinco mulheres e cinco crianças aparentemente com menos de 5 anos, morreram e outras duas ficaram feridas - uma delas um homem entre estado bastante grave. Os três passageiros restantes não tiveram ferimentos. De acordo com agências internacionais, sete pessoas morreram no incidente.

Um porta-voz do Comando Central de guerra dos EUA disse que o motorista do veículo ignorou os tiros de advertência disparados pelos soldados americanos e tentou seguir pela estrada. De acordo com o Exército dos EUA o incidente já está sendo investigado. Este foi o primeiro caso confirmado de civis atingidos por disparos americanos desde o início da guerra no Iraque há duas semanas.

De acordo com o porta-voz, os soldados dispararam contra o motor do carro, mas, como o motorista continuou acelerando, os disparos acabaram atingindo os passageiros. Não há indícios de que havia armas na van.

Entretanto, segundo relato do "Post", as ordens dadas por um oficial que presenciou a matança mostram outra versão para o episódio.

"Dê um tiro de advertência", disse por rádio a soldados o capitão Ronny Johnson, da Terceira Divisão de Infantaria do Exército.

Em seguida, diante de um momento de vacilo dos soldados, o capitão, de forma urgente, ordenou que os soldados disparassem tiros de metralhadora contra o radiador do veículo. Ainda não atendido, Johnson deu mais uma ordem: disparos de canhões de 25 milímetros oriundos de carros de combate M2 Bradley a fim de interceptar a Toyota.

"Pare o veículo, Vermelho 1, pare o veículo!", gritou o oficial, sendo atendido prontamente.

Cerca de seis disparos, de grande poder explosivo, foram feitos.

"Cessem fogo!", disse Johnson observando a cena de binóculos. "Você acabou de matar uma família porque não deu os tiros de advertência no momento certo", completou o capitão, dirigindo ao líder dos veículos de combate.

- Relatos iniciais indicam que os soldados responderam de acordo com os regulamentos para se protegerem - disse, por sua vez, o porta-voz do Pentágono.

O incidente seria resultado do aumento das tensões nos pontos de vigilância na região de Najaf após um terrorista suicida ter matado, ao explodir o veículo em que estava, quatro soldados americanos da Terceira Divisão de Infantaria no último sábado. Oficiais afirmam que, desde o episódio, os militares americanos estão muito cautelosos nos postos de vigilância.

A cidade também tem sido cenário de intensos combates entre as forças da coalizão anglo-americana, que avançam rumo a Bagdá, e tropas e paramilitares iraquianos.

01/04/03

Frase do dia:

"Tristes tempos os nossos, é mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito."

(Albert Einstein 1879-1955)

01/04/03

AGRADECIMENTO

Descobri na madrugada de hoje que meu site "http://eremitha.vilabol.uol.com.br/contra_a_guerra.htm", está indicado como "site do dia" no endereço "http://vila.bol.com.br", onde o site está hospedado. Gostaria de agradecer à equipe que mantém este serviço gratuito e de qualidade, que permite que nós, cidadãos comuns, possamos expressar livremente nossas idéias aos que se interessam, de forma a contribuir com a livre divulgação de informações. Um sincero MUITO OBRIGADO!

Aproveito também para agradecer a cada internauta que aproveita um pouco do seu tempo para se informar, dentro da humilde coletânea que aqui disponibilizo, no intuito de provar que esta é uma guerra injusta quando notamos que vidas humanas estão em jogo, além de outros fatores. Com seriedade e também um pouco de humor, atingimos hoje 630 visitantes em duas semanas, o que para mim é muito significativo!

Mais uma vez, um muito obrigado. E estarei acrescentando aqui, tudo o que eu achar relevante e interessante sobre e CONTRA o conflito, na medida do possível.

Um grande abraço, Thiago C. N.

30/03/03

Numa pequena capela de Caracas, essa estátua da Virgem Maria 'chora' lágrimas de sangue e faz alguns fiéis acreditarem numa manifestação da santa contra a guerra ao Iraque

Fonte: www.oglobo.com.br (Foto: Reiters / Jorge Silva)

30/03/03

Costumes

Quando bigode vale mais que mulher

Fonte: http://www.mre.gov.br/acs/clipping/fp0328.htm (Folha de S. Paulo)



- Cada iraquiano pode casar legalmente com até quatro mulheres. A maioria da população masculina urbana tem uma só, não por ocidentalização ou pudor, mas por falta de dinheiro mesmo. Os homens de classe média geralmente têm duas. Três ou quatro só os membros da elite ou do governo, o que quase sempre é a mesma coisa.

- Mas mais do que dinheiro, poder e mulheres, o que o iraquiano inveja mesmo é um bom bigode. Quanto mais basto, bem cortado e cheio, mais hombridade o acessório natural transmite a seu dono. Quem não tem é considerado imaturo ou contaminado demais pelos hábitos ocidentais.

- Os homens que ouvi me ensinam que os fios não podem cair sobre o lábio superior. E que pintar o cabelo tudo bem, mas pintar o bigode seria de uma gafe inacreditável. E confirmam: "harabichueba", o popular xingamento árabe que os brasileiros aprenderam a falar de brincadeira, continua na ativa. Mas a grafia e a pronúncia corretas aqui são outras.

- "Harabishuarbek" seria certo, sendo "hara" gíria para fezes e "shuarbe" a tradução de bigode. "Merda no seu bigode!", xingam os iraquianos.

- Quando querem garantir que vão cumprir uma promessa, dizem "eu corto o meu bigode!". E quando estão com muita raiva de uma pessoa, gritam "eu amaldiçôo o seu bigode!", como fez antes da guerra o embaixador do Iraque na ONU falando ao embaixador do Kuait.

- Como o chefe, todos os ministros-generais de Saddam Hussein têm bigode. A exceção é Mohammed Said Al-Sahaf, da Informação. É também o que fala o melhor inglês e, de longe, o mais irônico e mordaz da turma.

- Pergunte o nome completo a qualquer iraquiano de mais de 30 anos e ele vai se atrapalhar de cara. A gagueira temporária não é necessariamente má-fé. Quando assumiu o poder, Saddam Hussein fez passar uma lei que obrigava as pessoas a assinar com o nome próprio seguido do nome próprio do pai seguido do do avô, e não mais da maneira tradicional, que era nome próprio + nome da tribo/clã/vila de origem.

- O que o motivou foi o alto número de pessoas no alto escalão de seu governo que traziam o sobrenome Tikritis, ou seja, originário da vila de Tikrit, no norte.

- Tikrit é a cidade natal de Saddam, onde fica sua tribo.

- Há hoje em dia seis brasileiros oficialmente no Iraque. Os dois acima assinados, um funcionário do Itamaraty que cuida da sede da ex-embaixada do país, hoje desativada, duas senhoras que moram há muito tempo por aqui, casaram-se com iraquianos e fogem da imprensa e o fotógrafo do "New York Times", que nasceu em São Paulo, mas deixou o Brasil antes de aprender a falar.

- Ainda os carros: os ministros-generais iraquianos fazem questão de dirigir seus próprios carros. Os assessores vão no banco de trás ou ao lado, dependendo da graduação. Ser conduzido não é visto com bons olhos.

- O modelo escolhido depende do cargo ocupado. Para os ministros, o Lumina da Chevrolet, geralmente branco, ou os tradicionais BMW e Mercedes; para as altas patentes militares, os jipes Land Cruiser da Toyota.

- Detalhe: todos são equipados com quatro tapetinhos persas, no lugar do tradicional de borracha.

- Ahmed e Mohammed são o equivalente de José e João de Bagdá. Em toda a roda tem pelo menos um com este nome.

SÉRGIO DÁVILA
REPÓRTER

29/03/03

Jornalistas da RTP detidos e agredidos por forças dos EUA

Fonte: www.jornalglobal.com

Lisboa - Dois jornalistas portugueses da RTP, Luís Castro e Vítor Silva, foram detidos esta terça-feira no sul do Iraque pelo exército norte-americano, tendo sido agredidos e isolados durante quase 72 horas. O Sindicato dos Jornalistas (SJ) já reagiu, repudiando «veementemente a detenção, agressão e sequestro» e exigindo ao Governo luso que peça explicações aos Estados Unidos.

«Nada justifica que desde as 7 horas do dia 25 de Março até às 8 horas de hoje, 28 de Março, os dois jornalistas portugueses tenham estado detidos e proibidos de comunicarem com quem quer que fosse - incluindo as famílias e a RTP -, sobretudo tendo em conta que necessitavam de assistência médica que só tardiamente lhes foi prestada», refere a entidade sindical num comunicado divulgado esta sexta-feira.

De acordo com o mesmo texto, depois de detidos pelas forças norte-americanas a norte de Bassorá, os dois jornalistas foram agredidos e mantidos em isolamento, acusados de espionagem, além de terem visto o material de trabalho apreendido.

Só esta manhã, é que Luís Castro e Vítor Silva conseguiram contactar a RTP, depois de terem sido transportados para o Kuweit e entregues à polícia militar daquele país, onde foi esclarecida a situação.

O SJ tomou conhecimento de tudo esta quinta-feira e com o apoio da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que também já condenou a detenção, conseguiu contactar o «US Center Commander» e o «British Commander» no Qatar, a Cruz Vermelha Internacional e outras organizações, como a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e os Médicos no Mundo.

Agora, o SJ e a FIJ vão pedir «explicações aos EUA e exigir um inquérito exaustivo sobre mais este grave atentado à integridade física dos jornalistas e à liberdade de informação».

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Pedimos PAZ e BEM

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