segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ataque da Otan deixa ao menos quatro mortos

16/10/2009 - 09h40
Ataque da Otan deixa ao menos quatro mortos no Afeganistão
Ao menos dois supostos insurgentes, uma mulher e uma menina morreram nesta sexta-feira durante uma ofensiva militar da polícia afegã e das tropas internacionais contra alvos do grupo islâmico radical Taleban na Província afegã de Ghazni, informou o comando militar dos Estados Unidos.

Segundo um comunicado, uma força conjunta da polícia afegã e das forças de segurança estrangeiras lançou uma operação contra um edifício utilizado por insurgentes para organizar ataques armados. Os insurgentes abriram fogo contra as tropas, que responderam ao ataque matando dois deles.

Quando os militares entraram no edifício, encontraram uma mulher e uma menina que morreram por causa dos ferimentos sofridos na troca de tiros.

De acordo com a versão militar, não foi possível esclarecer se as vítimas civis morreram por causa de fogo taleban ou por causa dos disparos das tropas.

A morte das duas causou um protesto de um grupo de cerca de cem moradores locais que marcharam pela vila gritando frases como "Morte à América" e "Morte à Hamid Karzai".

A morte de civis nas operações da coalizão internacional é uma das maiores preocupações dos Estados Unidos, já que alimenta a rejeição à guerra entre a população afegã.

Mais de 1.500 civis morreram vítimas da violência no Afeganistão neste ano, segundo números da ONU (Organização das Nações Unidas). A organização diz que 68% das mortes são resultado de ataques militantes e outros 23% resultado de ataques das forças afegãs e estrangeiras.

O comandante das forças dos EUA no Afeganistão, general Stanley McChrystal, afirmou em relatório entregue recentemente ao governo que, ao causar a morte de civis e danos colaterais "desnecessários", pode perder a batalha contra o Taleban.

"Nós corremos o risco de uma derrota estratégica ao tentar utilizar táticas que causam morte de civis ou dano colateral desnecessário. Os insurgentes não podem nos derrotar militarmente, mas nós podemos causar nossa própria derrota", disse McChrystal, que é comandante também das forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no país.

Com agências internacionais
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u638883.shtml

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