15/06/2006 - 12h19
Número de soldados americanos mortos no Iraque chega a 2.500
O número de soldados americanos mortos no Iraque chegou a 2.500 nesta quinta-feira, segundo informações do Pentágono, três anos depois da invasão do país pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, em 2003.
A nova contagem foi divulgada no mesmo dia em que as forças de segurança iraquianas anunciaram ter encontrado documentos que podem levar "ao fim" da rede terrorista Al Qaeda no Iraque, por fornecerem informações sobre a organização da rede e o paradeiro de seus líderes.
"Nós acreditamos que este é o início do fim da Al Qaeda no Iraque", afirmou o assessor iraquiano de segurança nacional, Mowaffaq al Rubaie, em uma coletiva de imprensa, referindo-se aos papéis encontrados no local da morte do líder da rede, o jordaniano Abu Musab al Zarqawi.
Em Washington, o Pentágono também informou que 18.490 soldados ficaram feridos nos três anos do conflito, que teve início em março de 2003, com a invasão liderada pelos EUA que depôs o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein. Dezenas de milhares de iraquianos morreram.
No início deste ano, o governo iraquiano já havia afirmado que a insurgência sunita havia sido "derrotada" pela administração xiita apoiada pelos Estados Unidos. No entanto, a violência prosseguiu no país, matando centenas de pessoas e sem perspectiva de que chegue ao fim.
Nesta terça-feira, um dia após fazer uma visita-surpresa ao Iraque, o presidente americano, George W. Bush, admitiu que esperar a eliminação total da violência no país "não é razoável".
A morte de Al Zarqawi, ocorrida em um bombardeio do Exército americano perto de Baquba (65 km ao norte de Bagdá) foi apresentada pelos Estados Unidos e pelo Iraque como uma "grande vitória".
"Nós acreditamos que a Al Qaeda no Iraque foi pega de surpresa", disse Al Rubaie. "O governo agora trabalha para destruir a rede e dar fim a essa organização no Iraque".
Operação
Ontem, forças do governo iraquiano se espalharam por Bagdá, montando postos de controle e causando imensos congestionamentos no primeiro dia da primeira grande operação de segurança na capital iraquiana desde que Saddam Hussein foi derrubado, em 2003.
A violência foi reduzida drasticamente, com a morte de quatro pessoas na explosão de apenas um carro-bomba, que deixou também seis feridos. Outras quatro pessoas perderam a vida em tiroteios separados ao longo do território iraquiano.
A ação, que envolveu dezenas de milhares de tropas do Exército iraquiano e forças da polícia apoiadas por soldados americanos, teve início em um momento crucial.
Nesta terça-feira o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez uma visita de surpresa a Bagdá para reafirmar o apoio de Washington ao novo governo, uma semana após a morte de Al Zarqawi.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u96985.shtml
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