quinta-feira, 17 de setembro de 2009

EUA abandonarão escudo antimíssil


17/09/2009 - 05h28
EUA abandonarão escudo antimíssil na Europa, diz "The Wall Street Journal"
Washington, 17 set (EFE).- O Governo americano arquivará o projeto de escudo nuclear na Polônia e República Tcheca impulsionado pela anterior Administração de George W. Bush, segundo informa hoje em sua edição digital "The Wall Street Journal", que cita fontes familiarizadas com o assunto.

O jornal assegura que a decisão se justifica pelo pouco progresso iraniano em seu programa de desenvolvimento de mísseis de longo alcance em relação às anteriores previsões, o que supostamente reduziria a ameaça sobre os Estados Unidos e as principais capitais européias.

Funcionários da anterior e atual Administração americana assim o explicaram ao diário econômico, que anuncia que a próxima semana concluirá a revisão do expediente em 60 dias ordenado pelo presidente americano, Barack Obama.

O projeto auspiciado por George W. Bush causou a rejeição e a ira do Kremlin que o considerou uma ameaça a seu sistema balístico intercontinental, apesar de desmentidos norte-americanos.

A atual Administração americana aponta como ameaça mais imediata para os aliados europeus os sistemas balístico de curto e médio alcance iraniano, pelo que segundo as fontes, Washington decidirá uma mudança em favor do desenvolvimento de um sistema defensivo regional para o continente europeu.

O diário acrescenta que dito sistema será "muito menos polêmico".

Segundo o diário, os críticos dirão que a mudança é um gesto para conseguir a cooperação russa na obtenção de novas sanções contra o regime iraniano se Teerã não abandona seu programa nuclear.

Obama e o presidente russo, Dmitri Medvedev, devem reunir-se na próxima semana durante a assembleia geral das Nações Unidas e as reuniões do G20.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2009/09/17/ult1808u146551.jhtm
Quando eu era adolescente li uma história sobre a segunda grande guerra que me deu que pensar. Parece que os americanos tinham necessidade de construir uma grande quantidade de aeroportos em muitas ilhas do Oceano Pacífico e não tinham mão-de-obra para isso. Muitas dessas ilhas eram habitadas por tribos cujo desenvolvimento estava ao nível do Paleolítico. No entanto conseguiram facilmente, ao fim de poucos dias de treino, operar um bulldozer ou qualquer outra peça de maquinaria usada para construir aeroportos.

Vários anos e muitas leituras mais tarde, percebi que quando um bárbaro se confronta com a civilização, a primeira coisa que aprende dela, e mais facilmente, é a sua tecnologia. Muitas vezes nunca chega a aprender mais nada. Muitas vezes nem sequer chega a imaginar que haja mais nada.

Há trinta anos que o mundo em geral está a ser governado por bárbaros, que da civilização só vêem a tecnologia. Não compreendem que há mais mundo para lá da tecnologia, e que se esse mundo não existisse a tecnologia acabava.

Esta atitude assume muitas formas. Uma delas é o economicismo: a crença que a economia determina tudo na vida dos homens e que a ciência económica explica cabalmente toda a realidade.

Outra é a adoração bacoca da técnica como se fosse um fim em si mesma e não um meio. Quando o Primeiro-Ministro vai às escolas levar computadores, leva a cereja para pôr em cima do bolo. Mas o bolo, onde está? O Primeiro Ministro não sabe. Nem sabe que ele é preciso. Nem sabe que a cereja em cima do bolo precisa de um bolo por baixo.

E temos o caso de Maria de Lurdes Rodrigues a dizer que as escolas servem para as pessoas se qualificarem. Não servem: servem para as pessoas aprenderem. Pela simples razão, que nenhum bárbaro jamais entenderá, que quando o nosso propósito é ensinar estamos a qualificar; mas se o nosso propósito for apenas qualificar, nem qualificamos, nem ensinamos. Ou então damos uma qualificação que se esgota no momento em que o qualificado deixa de ser útil ao qualificador.

E assim voltamos aos construtores paleolíticos de aeroportos: lembremo-nos deles sempre que algum político ou algum yuppie (ou pior ainda, algum político yuppie) nos vier com a treta da qualificação. É que qualificar é fácil, o que é difícil é ensinar.

Quando a guerra acabou e os americanos se foram embora, deixaram atrás de si milhares de pessoas qualificadas para construir aeroportos. Nenhuma delas ganhou fosse o que fosse com isso.
OBS:
Pelo jeito o projeto ambicioso de defesa dos estados unidos na Europa foi para o ralo. O sonho do George w bush de aumentar o apoio e defesa aos membros do seu grupinho os famosos clube do bolinha de um eventual ataque russo(POUCO INPROVAVEL)nos dias de hoje..
Mas pelo jeito a falta das notinhas verdades pesou e esse projeto tão ambicioso foi para gaveta... Pois nos tempos de crise enxugar a maquina não e um opção e sim um obrigação ou saída de emergência.
Para alguém que pegou uma batata quente para descascar.

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