EUA planejam dobrar terceirizados de segurança no Iraque após retirada militar
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DE SÃO PAULO
DA REUTERS
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Atualizado às 19h19.
O Departamento de Estado americano planeja dobrar o número de funcionários terceirizados de segurança para garantir a integridade de sua equipe civil no Iraque após a retirada das tropas, disseram autoridades nesta quinta-feira. Os 1.800 soldados da última brigada de combate dos Estados Unidos deixaram o Iraque com destino ao Kuait na noite desta quinta-feira, em um momento que Washington declarou ser histórico. Oficiais americanos afirmam que restam agora 56 mil tropas, número que deve ser reduzido a 50 mil militares até o prazo de 31 de agosto.
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Thaier al-Sudani/Reuters | ||
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Segundo Crowley, o plano é chegar a um total de 7.000 funcionários de segurança empregados pelo governo do Iraque. Desde a invasão liderada pelos EUA em 2003, empresas privadas de segurança têm sido frequentemente acusadas de agirem acima da lei.
"Nós ainda teremos nossas próprias necessidades de segurança para garantir que nossos diplomatas e especialistas em desenvolvimento estejam bem protegidos", disse Crowley em entrevista coletiva.
"Temos planos muito específicos para aumentar nossa segurança... conforme os soldados partem. Isso será caro. Não é uma proposta barata", disse ele, defendendo que os custos públicos, no entanto, serão muito menores do que o gasto com o envio de soldados.
Os EUA está entregando a maioria do trabalho futuro de desenvolvimento no Iraque ao Departamento de Estado, que pediu entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões anuais para ajudar a financiar desde de novos consulados ao treinamento da polícia iraquiana.
TERCEIRIZADOS
O emprego de terceirizados tem causado irritação no Iraque, particularmente após uma corte americana ter retirado acusações contra guardas da empresa Blackwater Worldwide, acusados de matar 14 civis iraquianos em Bagdá em 2007.
Os terceirizados eram imunes a processos judiciais, mas a proteção foi derrubada no ano passado, após um pacto entre EUA e Iraque devolver a Bagdá a soberania do país.
Os funcionários de segurança também causaram ultraje no Afeganistão, onde o presidente Hamid Karzai baixou um decreto esta semana ordenando que as empresas particulares de segurança se desfaça dentro de quatro meses, como parte de um ambicioso plano para o governo assumir toda a segurança do país a partir de 2014.
Uma alta autoridade americana reconheceu que funcionários terceirizados causaram problemas no Iraque no passado, mas disse que o governo está confiante de que isso pode ser evitado para "uma necessidade de segurança de curta duração".
"Tivemos situações trágicas envolvendo contratados no passado. Trabalhamos essa questão junto com o governo iraquiano. Houve mudanças nos últimos dois anos para melhorar a supervisão e responsabilidade dos terceirizados no Iraque", disse a autoridade.
O aumento do número de terceirizados no Iraque acontece apesar da expectativa pessoal da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, de reduzir a dependência do governo a empresas terceirizadas em uma boa parte das operações de segurança e desenvolvimento no exterior.
Crowley disse que a decisão foi vista como a mais prática no Iraque, dando ao governo a flexibilidade para aumentar a segurança agora e, depois, recuar se, como as autoridades esperam, a situação geral de segurança melhorar.
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/785812-eua-planejam-dobrar-terceirizados-de-seguranca-no-iraque-apos-retirada-militar.shtml
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