América Latina
13 de Outubro de 2010 - 11h10
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América Latina repudia exercício militar inglês nas Malvinas
"Inaceitáveis atitudes colonialistas", afirmou em um comunicado o governo de Chávez. O presidente venezuelano também se manifestou via Twitter. O chanceler uruguaio defendeu que a postura do seu país "já é conhecida".
Os exercícios militares ingleses nas ilhas Malvinas denunciados pela presidenta Cristina Fernández de Kirchner foram repudiados pelos governos da Venezuela e do Uruguai. O presidente venezuelano Hugo Chávez enviou sua "solidariedade com o povo argentino" e exigiu que o Reino Unido "cesse suas inaceitáveis atitudes colonialistas".
Por sua parte, o chanceler do Uruguai, Luis Almagro, assegurou que o governo do país é contra "qualquer tipo de permanência de caráter militar nas ilhas Malvinas". É "uma nova agressão imperialista aos direitos soberanos argentinos", assinalou em um comunicado ao governo venezuelano diante dos movimentos militares executados nas ilhas Malvinas, que foram denunciados formalmente pelo governo nacional às autoridades britânicas.
Por isso, Chávez emitiu um comunicado por meio do seu Ministério de Relações Exteriores, no qual destacou que "o governo bolivariano repudia que essas ações ocorram em aberta contradição às disposições da ONU e burlando o espírito dos acordos assinados entre ambos os Estados sobre troca de informação de índole militar, em relação com esses territórios em disputa".
Assim, a Venezuela exigiu que a Inglaterra cesse "suas inaceitáveis atitudes colonialistas, que põem em risco a segurança do continente e a paz na região" e manifestou sua "solidariedade com o povo argentino e seu governo", diante do anúncio da armada britânica de "realizar exercícios militares em águas territoriais argentinas das ilhas Malvinas".
Depois, na rede social Twitter, Chávez reforçou seu respaldo à reclamação argentina e enviou "toda a solidariedade bolivariana" e ressaltou que "as Malvinas são argentinas!" à Presidenta, que lhe respondeu com um agradecimento ao companheiro venezuelano, por meio de sua conta na rede, "por sua sincera solidariedade".
Diante da reclamação argentina ao governo britânico, que também se apresentou diante da Organização das Nações Unidas, a embaixada britânica em Buenos Aires informou que os exercícios realizados nestes dias nas ilhas – que se estenderiam até o dia 22 de outubro – fazem parte da rotina "dos últimos 28 anos" e incluem o lançamento de mísseis do tipo "terra-água".
O governo uruguaio ratificou sua posição diante da ocupação inglesa das ilhas. O chanceler Luis Almagro afirmou que "a posição do nosso país já é sabida sobre o assuntos: somos contra qualquer tipo de permanência de caráter militar nas ilhas Malvinas". Almagro disse que a pasta que conduz "acompanhará de perto" a situação e que "seguramente o fato será analisado pelo Conselho de Ministros".
Não é a primeira vez que o Uruguai se pronuncia de forma concreta sobre o conflito de soberania existente entre a Argentina e a Inglaterra. Semanas atrás, o governo do frente-amplista José Mujica negou a solicitação de ingresso ao porto de um barco inglês que viajava para as Malvinas, que precisava de novas provisões de combustível, gesto que também foi agradecido pela presidenta argentina.
Fonte: Página 12
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=7&id_noticia=139139
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