Pol Pot, o sanguinário líder do Khmer Vermelho, morreu. Ou não
CAMBOJA
O exterminador
Pol Pot, o sanguinário líder do Khmer Vermelho, morreu. Ou não
A informação foi divulgada na quinta-feira 6: Pol Pot, o sanguinário líder do Khmer Vermelho que dirigiu o Camboja entre 1975 e 1979 e foi responsável por um dos maiores genocídios da história, teria morrido de malária. No dia seguinte, fontes do Khmer Vermelho e setores da inteligência da Tailândia desmentiram a notícia. Não seria a primeira vez que sua morte é anunciada. Ele não é visto em público desde 1979. Vivo ou morto, Pol Pot continua a chamar a atenção do mundo para o Camboja. Seu regime foi o mais trágico exemplo da insanidade de se construir o "homem novo". Em 17 de abril de 1975, quando as tropas do Khmer Vermelho entraram em Phnom Penh, os sofridos cambojanos as saudaram como libertadoras. A euforia durou pouco. Logo começaria a transferência forçada das cidades para o campo, porque para Pol Pot a cidade era a fonte de todo o mal. Os cambojanos deveriam eliminar os vícios "burgueses" e se reeducar com as massas camponesas, como ensinava o não menos ditador da China, Mao Tsé-tung. As primeiras medidas: a moeda local foi abolida, bibliotecas foram transformadas em chiqueiros e intelectuais, profissionais liberais eram sumariamente executados. Calcula-se que 15 mil dos 20 mil professores do país foram mortos, assim como 90% dos monges budistas e um em cada cinco médicos. Até hoje as vítimas do genocídio de Pol Pot são contadas: as estimativas variam de um a três milhões de mortos, num país que tem sete milhões de habitantes.
Pol Pot (nome verdadeiro Saloth Sar), nasceu em 19 de maio de 1928 na Província de Kompong Thom, na então Indochina, dominada pela França. Foi em Paris que tomaria contato na década de 40 com a literatura comunista e o movimento anticolonialista. Em 1953 voltou ao seu país e aderiu aos movimentos clandestinos de independência da Indochina - o Camboja se tornaria independente dois anos depois. Em 1968, liderou os guerrilheiros do Khmer Vermelho em seus primeiros ataques ao governo do então príncipe Norodom Sihanouk, que pretendia manter o país neutro na Guerra do Vietnã. Sihanouk foi deposto e substituído pelo general Lon Nol, aliado dos EUA. Pol Pot tomou o lugar do general em 1975. O regime do Khmer acabaria com a invasão do Camboja, justamente por tropas do Vietnã, no Natal de 1978. O Khmer voltou para a selva. Se o "irmão número um" - como gostava de ser chamado - estiver morto, é provável que o Khmer finalmente morra também. Se estiver vivo, continuará a pesar como uma maldição sobre o povo cambojano.
http://www.terra.com.br/istoe/semana/139330.htm
Mostrando postagens com marcador Khmer Vermelho. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Khmer Vermelho. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 28 de julho de 2009
Khmer Vermelho
O Khmer Vermelho (em francês: Khmer Rouge, em khmer: Khmer Krahom) foi o partido comunista do Camboja, formado a partir de uma dissidência do Partido Comunista da Indochina, o mesmo que deu origem ao Vietminh.
Em 1973, os Acordos de Paris estabeleceram o fim da participação militar dos EUA na Indochina, oficializando o término da Guerra do Vietnã. Em 1975, o Khmer Vermelho assumiu o poder no Camboja através da conquista de Phnom Penh, capital do país, em 17 de abril, dando fim a guerra civil contra o governo de Lon Nol, apoiado pelos norte-americanos.
O líder deste grupo, Pol Pot tentou concretizar a sua proposta de um país novo feito com um homem novo, para o que instalou um regime de terror.
No governo do Khmer Vermelho, liderado principalmente por Pol Pot, as cidades foram evacuadas, e os cambojanos, levados ao campo para o trabalho no cultivo de arroz. O partido é acusado de desrespeitar os direitos humanos nesse período, promovendo o massacre de opositores, intelectuais e pessoas suspeitas de se relacionar com o governo anterior. Entre os assassinatos cometidos pelo Khmer Vermelho, estima-se que entre 15 a 20 mil professores foram mortos, 90% dos monges budistas e 1 em cada 5 médicos. Até hoje o Camboja tenta contabilizar o número total de mortos no genocídio, mas as estimativas vão de 1 milhão a 3 milhões de assassinatos[1] sob o comando de Pol Pot, num país de 7 milhões de habitantes. Em 1978, ainda que apoiado pelo governo comunista da China, foi deposto pela intervenção de tropas vietnamitas, levando a um novo conflito que perduraria até a intervenção da ONU no país.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Khmer_Vermelho
Em 1973, os Acordos de Paris estabeleceram o fim da participação militar dos EUA na Indochina, oficializando o término da Guerra do Vietnã. Em 1975, o Khmer Vermelho assumiu o poder no Camboja através da conquista de Phnom Penh, capital do país, em 17 de abril, dando fim a guerra civil contra o governo de Lon Nol, apoiado pelos norte-americanos.
O líder deste grupo, Pol Pot tentou concretizar a sua proposta de um país novo feito com um homem novo, para o que instalou um regime de terror.
No governo do Khmer Vermelho, liderado principalmente por Pol Pot, as cidades foram evacuadas, e os cambojanos, levados ao campo para o trabalho no cultivo de arroz. O partido é acusado de desrespeitar os direitos humanos nesse período, promovendo o massacre de opositores, intelectuais e pessoas suspeitas de se relacionar com o governo anterior. Entre os assassinatos cometidos pelo Khmer Vermelho, estima-se que entre 15 a 20 mil professores foram mortos, 90% dos monges budistas e 1 em cada 5 médicos. Até hoje o Camboja tenta contabilizar o número total de mortos no genocídio, mas as estimativas vão de 1 milhão a 3 milhões de assassinatos[1] sob o comando de Pol Pot, num país de 7 milhões de habitantes. Em 1978, ainda que apoiado pelo governo comunista da China, foi deposto pela intervenção de tropas vietnamitas, levando a um novo conflito que perduraria até a intervenção da ONU no país.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Khmer_Vermelho
Assinar:
Postagens (Atom)